Neymar fala de Pedro Caixinha na apresenção no Santos: "Treinador competente..."

Como chega ao Santos: "Mentalmente estou muito feliz, renovado, quando pisei aqui senti o carinho e isso fez-me voltar aos 17, 18, 19 anos. Estou rejuvenescido. Volto amadurecido como homem, com uma família linda. Sou outra pessoa, obviamente, mas com a mentalidade de vencer igual, com a essência de criança igual. Vim para ser feliz. É a torcida [adeptos] que mais amo. Não há como casar melhor do que com o Santos."

Sugeriu jogadores para o Santos contratar? "O telefone do pai do Neymar está a trabalhar muito. O meu está off. Obviamente, quando me perguntam por algum jogador, dou a minha opinião. Não é algo em que me meto e não me vou meter. Isso cabe ao nosso presidente e ao nosso treinador, e ao nosso CEO. Tenho a certeza de que vão montar a equipa da melhor maneira possível. Se tiverem confiança podem fazer mais do que estão a fazer, é um plantel forte. Acho que vou trazer algo diferente para a equipa, tenho a certeza. Vou fazer tudo para ajudar os meus companheiros. Não enfrento o melhor momento da vida do Santos, da equipa, mas todos eles sabem que têm que melhorar, têm que se doar e honrar a camisola. Isso é o que vamos fazer. O meu papel será esse para ajudar com golos, com assistências, mostrar o que realmente significa a camisola do Santos."

A equipa e o treinador Pedro Caixinha: "Sobre o Pedro Caixinha, escutei que é um treinador competente, que gosta de jogar para a frente, agressivo, isso é o ADN do Santos, sabemos disso. Falta encaixar, falta tempo, não é num mês que vai colocar o Santos a voar. Isso requer treino, erros, ajustar da melhor maneira. Todos sentem quando a equipa não está bem. Espero ajudar com palavras, mostrando coisas nos treinos, que a confiança pode elevar-se. Sei de quem sou e sei do meu papel. Vim para ajudar e ser mais um que estará a correr e a dar a vida para o Santos estar no topo da tabela, onde merece."

Contrato com o Santos: "É muito cedo para falar em prolongar o vínculo. O Santos deu-me a oportunidade de poder voltar. Obviamente, abri mão de muita coisa para estar aqui. Foi um casamento perfeito. Momento imaginado por todas as partes e aconteceu. Fazer um contrato de seis meses que obviamente pode ser prolongado, não sabemos o dia de amanhã, pois há duas semanas nem imaginava estar aqui. Não vou embora em seis meses. É um contrato de seis meses que pode ser prolongado. Cabe a mim dedicar-me a 100%, não adianta voltar aqui com nome. Voltei para jogar e ser feliz, fazer golos e ajudar o Santos. Abriram a porta e estou feliz, espero ajudar."

Salvador da pátria? "Se fosse ténis, com certeza podia dizer isso. Mas é futebol, um desporto coletivo. Não há no mundo um jogador possa ganhar sozinho. Obviamente conheço a esperança que os adeptos têm em mim. Sei que me veem como 'salvador da pátria', mas não tem de ser assim, há outros jogadores que serão importantes. Não vou conseguir as vitórias sozinho, dependo dos meus companheiros, como em qualquer equipa do mundo. Mas pelo que me toca, se puder fazer a diferença, vou fazer."

O que mudou desde que saiu do Santos? "Mudei tudo. Mudei tudo. Estou mais barbudo, mais forte, acho que mudaram muitas coisas, o estilo de jogo também. Se tivesse a mentalidade de agora naquela época, com 17 anos, seria completamente diferente. Vais aprendendo e criando casca, experiência, vais errando ali, acertando, levantando. A vida é assim em qualquer desporto, qualquer trabalho, é difícil mantermo-nos, haverá momentos de queda e tens que te reerguer. Sou uma pessoa muito diferente, e esse 'cara' de hoje vai ajudar muito o Santos de todas as formas."

Carinho dos adeptos: "O carinho do povo brasileiro sempre foi muito bom, sempre me acolheram e sempre tento retribuir em campo, primeiramente, onde podem ver-me a ajudar a seleção e agora o Santos. Estou muito feliz de voltar, preciso de resgatar a minha confiança de jogar, a minha felicidade de estar dentro de campo. Muito bom estar em casa, perto da família e dos amigos. Era isso que mais precisava neste momento."

Objetivos: "Sou uma pessoa competitiva. Tudo o que faço tem de ser competição, eu quero ganhar. Volto para o Santos com vontade de ser campeão de novo. É uma volta depois de 13 anos e ganhar um Campeonato Paulista, que ganhei três vezes, será diferente. Tenho essa chama de ganhar no sangue. Sabem a pessoa competitiva que sou. Não vim para passear, não vim para estar em casa sentado no sofá. Vim em busca da minha felicidade de jogar futebol e ajudar o Santos. Vou dedicar-me para fazer a torcida do Santos e a mim mesmo feliz. Estando ali dentro na Vila Belmiro é impossível não estar feliz."