Avançado brasileiro justificou a continuidade na seleção do Brasil, que colocou em causa após o Mundial, com "saudades". "Não sei se a liga da Arábia Saudita não é melhor que a francesa", atirou
Corpo do artigo
Neymar não joga desde 19 de fevereiro e Jorge Jesus anseia pela sua estreia no Al Hilal. Contudo, o regresso pode ser ao serviço do Brasil. O avançado está concentrado com a seleção e aponta ao jogo contra a Bolívia, de qualificação para o próximo Mundial.
"Não é a primeira vez que venho convocado para a seleção dessa forma. Há alguns anos aconteceu a mesma coisa e joguei os 90 minutos. Se não me engano, foi contra a Colômbia, nos EUA. Sinto-me bem, feliz, mas obviamente não estou a 100% fisicamente. Mas a cabeça está boa, o corpo está bom", atirou, desvalorizando depois as palavras de Jorge Jesus, que pretendia que não fosse convocado.
"Não levo as palavras que o Jesus disse como maldade, mas sim para preservar o seu jogador. Eu iria jogar o último jogo [pelo Al Hilal], mas acabei por levar uma pancada no treino, ele optou por deixar-me fora do jogo e venho jogar na seleção. Não há mistério, jogar futebol, independentemente do tempo que fique parado, sempre vou saber. É como andar de bicicleta", comentou.
Após a eliminação do Mundial, Neymar deixou no ar que poderia deixar a seleção. Mas está de volta e justifica: "Já saiu de casa? Sentiu saudade? Eu também. É óbvio que quando está com a cabeça totalmente pensando na derrota que você teve, é triste. São 13 anos de seleção, sei que vai acabar. Naquele momento, eu deixei em dúvida porque era o que passava na minha cabeça. Nunca vou fazer joguinho, falar que não vou fazer e vou, sempre sou muito direto. Se tenho dúvida, é a verdade. Se tiver que voltar, vou dizer que senti saudade e vou voltar. Foi isso que aconteceu. Fiquei na dúvida, sim, mas depois de muita pressão de familiares e amigos, você começa a valorizar tudo o que fez. Quando vem, a pressão é muito grande, muita coisa acontece, a maioria das críticas deixa-te triste e não valorizar o que fez... Quando estás com os teus, com a tua família, eles colocam-te no lugar e ver que vale a pena continuar tendo essa felicidade de continuar vestindo a camisa da seleção brasileira."
Por fim, comparou o campeonato de onde saiu, o francês, para o que abraçou agora, o saudita: "Eu garanto-te que o futebol lá é o mesmo, a bola é redonda, há golos, e pelos nomes que foram para a liga saudita, não sei, não, se não é melhor que o campeonato francês. A minha cabeça tem que estar boa, eu tenho que estar feliz, tenho que estar bem. Sei cuidar-me, vivo isso há 15 anos. Não há muito segredo. O treino lá é intenso, a sede de vencer, de ganhar, minha e dos companheiros, são grandes. Quero conquistar títulos com o Al Hilal, não muda muito a minha cabeça. Todo o mundo falava isso quando fui para o campeonato francês, e foi onde mais levei na minha vida. Não há muito a dizer sobre isso, só quem joga sabe. Tenho certeza que não vai ser fácil ganhar o sampeonato saudita, outras equipas fortaleceram-se, têm jogadores de renome, vai ser muito interessante, e tenho certeza que vocês vão assistir."
16984768
16985972