Neves e Jota e o risco assumido nos Wolves: "Agora todos percebem que estávamos certos"

O Wolverhampton começou a Premier League de forma positiva e já leva oito pontos conquistados em cinco jornadas. A armada portuguesa, com sete jogadores e ainda parte da equipa técnica, não passa despercebida e Rúben Neves e Diogo Jota foram entrevistados pelo jornal " The Guardian" e revelam que escolher os Wolves, no verão de 2017, foi algo assumido. "Tivemos de correr o risco de vir para aqui. À vezes, para se conseguir algo, temos de arriscar. E, na altura, foi o melhor que fizemos. Viémos, vimos o projeto, os jogadores que compraram, e focámo-nos no Championship, apostados em chegar à Premier Legue. Fizemos o nosso trabalho. Muitos criticaram-nos, até em Portugal. Diziam: 'és um grande jogador e vais para ali?' Mas agora penso que todos percebem que estávamos certos", sublinha Diogo Jota quando convidado a explicar a troca do FC Porto, um clube que jogava na Liga dos Campeões, pelo Wolverhampton, da segunda divisão inglesa.

Assumindo que os jogadores formam uma família na cidade, a dupla lembra que o objetivo principal é fazer um bom trabalho na Premier League. "Queremos fazer boa figura na melhor liga do mundo. No primeiro jogo, com o Everton, estava muito emocionado porque significava algo para mim. Quando entrei em campo só pensei: 'Estou aqui'"

Rúben Neves falou ainda das diferenças entre o Porto e Wolverhampton e deixou elogios a Nuno. "O Porto é uma cidade turística, com o Rio e o Oceano, muita história. Tem vinho e boa comida. Aqui é uma cidade industrial. Mas estamos bem aqui, só queremos jogar futebol. Estamos na melhor liga do mundo, a cidade não importa. Temos a família connosco. No aniversário da minha filha trouxe o resto da família de Portugal e juntei os jogadores portugueses. Éramos 30 pessoas. Nuno Espírito Santo? É muito ambicioso e intenso. Está sempre motivado para dar o seu melhor, em qualquer altura. Mesmo quando jogamos bem, em quer que joguemos melhor."