"Não sei se os Estados Unidos se qualificariam para o Mundial no formato antigo"
Antigos internacionais mostram-se preocupados com o futuro da seleção após o fracasso na Liga das Nações da CONCACAF, em que os EUA perderam com o Panamá e com o Canadá, ficando em quarto lugar
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Taylor Twellman e Clint Dempsey, antigos internacionais pelos Estados Unidos, reagiram com muita preocupação após a seleção ter sido derrotada pelo Panamá (0-1) e Canadá (1-2), ficando em quarto lugar na Liga das Nações da CONCACAF.
Depois deste fracasso, que se seguiu a uma eliminação precoce na Copa América de 2024, disputada em solo norte-americano, a dupla mostrou-se preocupada com a possibilidade de outro torneio em casa para esquecer no Mundial’2026, que também será organizado pelos EUA, juntamente com o México e o Canadá.
Através da sua conta pessoal na rede social X, Taylor Twellman, antigo avançado que representou os EUA em 30 ocasiões, questionou mesmo se, caso a seleção não estivesse automaticamente apurada para este Mundial, na qualidade de anfitriã, se se conseguiria qualificar no seu anterior formato de 32 seleções, antes da expansão do torneio, em 2022, para 48.
“Felizmente existem 48 equipas e uma qualificação automática para o Mundial’2026, porque não sei se esta @usmnt se qualificaria no formato antigo. Quantos jogadores têm de jogar bem para aprofundarem as suas carreiras, tanto naquilo que recebem como em estatuto nos clubes? Será que têm de jogar bem pela seleção para melhorarem a sua situação clubística no dia-a-dia? O quão importante é o sucesso para o selecionador? Se ele falhar, será que isso o perseguirá no seu trabalho seguinte? Será que ele tem alguma pressão?”, começou por escrever, visando o treinador argentino Mauricio Pochettino.
“Será que a federação sabe ou percebe o que está errado e como o corrigir? Será que a presença decrescente [de adeptos nos estádios] desde 2018 captou a sua atenção? Este desporto cresceu nos últimos anos? Estas são coisas em que estou a pensar desde 2018. Também não sei se sei as respostas”, completou.
Já Dempsey, o quarto jogador da história com mais internacionalizações pelos EUA (141), admitiu em direto para a CBS Sports que também teme pela prestação que o seu país terá no Mundial, mas também na próxima Gold Cup, que organizará no verão deste ano, na companhia do Canadá.
“As pessoas falaram sobre esta equipa como sendo a geração dourada. Eles qualificaram-se para o Mundial [de 2022], tiveram uma performance bastante forte, mas depois vês os passos atrás - não terem passado a fase de grupos da Copa América, em casa... À medida que nos aproximamos do Mundial, este é outro fracasso que está bastante próximo do anterior. Isso não nos dá muita esperança”, lamentou.
“Se virem a nossa situação neste momento, simplesmente não nos dá muita confiança para o Mundial. Agora vamos ter a Gold Cup, em que não teremos todos os nossos melhores jogadores, por causa de que alguns vão jogar o Mundial de Clubes. Olhando para o calendário depois disso, quais são as equipas que vamos defrontar que nos vão deixar prontos [para o Mundial]? Estou um pouco preocupado com o futuro desta seleção dos Estados Unidos”, concluiu Dempsey.