"Não sei se Al-Khelaifi gostava mais da minha mulher do que de mim"

Jesé Rodríguez formou-se no Real Madrid e deu os primeiros passos como profissional no clube espanhol, onde chegou a ser visto como uma grande promessa. Apontou 18 golos pela formação principal e rumou ao PSG em 2016/17, onde não foi feliz. 

"Se quisesse, teria ficado em Madrid, mas surgiu a opção PSG. Como não estava a ter muitos minutos, pensei em ir para Paris porque ia jogar e oportunidades. Para além disso, Emery era o treinador, foi ele quem me chamou. O Real Madrid fez muitas contratações e eu queria ir ao Campeonato da Europa, porque estive perto de ir ao Mundial do Brasil. Del Bosque ia levar-me, mas lesionei-me. Além disso, melhoraram-me o contrato e pagaram-me muito mais. E no Real Madrid, onde recebíamos de seis em seis meses, pagavam-nos muito bem. Recebi um pouco menos de cinco milhões de euros brutos", contou o agora jogador do Johor FC, da Malásia, ao youtuber  "Mowlihawk". 

"No PSG estreei-me com a assistência para o golo da vitória no primeiro jogo, mas depois estive dois meses parado com uma apendicite e no inverno disseram-me que tinha de sair. Disse ao Emery que me sentia enganado. O presidente [Nasser Al-Khelaifi] não me queria ver nem pintado. Não sei se ele gostava mais da minha mulher do que de mim. Não me deram qualquer explicação. Podia-se receber muito dinheiro, mas tratavam-me muito mal. Foi então que percebi que o Real Madrid é o melhor do mundo em tudo. Senti que estava a lidar com um tipo que é bilionário e que usa os jogadores como se fossem crachás", recorcou.

Jesé nunca se impôs em França, sendo emprestado a Las Palmas, Stoke City, Bétis e Sporting.