"Não me parece que jogadores tão jovens devam ter de conduzir um carro tão exigente..."
Palavras de Andrés Iniesta, antigo jogador do Barcelona, em declarações concedidas ao jornal italiano "La Gazzetta dello Sport", antes da segunda mão dos oitavos de final da Champions entre o emblema blaugrana e o Nápoles
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Nápoles: "O Barcelona esteve bem na primeira mão, mas não ganhou. E o Nápoles melhorou nestas três semanas, enquanto Xavi perdia dois jogadores importantes como Pedri e De Jong. Tenho fé na progressão do Barça, mas não será fácil porque o contexto é particular e uma possível eliminação seria muito pesada pelo clube. Agora o jogo da segunda mão joga-se em casa, ainda que Montjuic não seja Camp Nou. Não sei do depende, se da geografia, do clima, do hábito, mas é um aspeto que dificulta as coisas para o Barcelona. Espero que com o Nápoles se consiga recriar, por magia, um ambiente semelhante ao de Camp Nou."
Xavi Hernández: "Sofro com ele. Como adepto e como amigo. Porque sei o quanto ele queria treinar o Barça e o quanto se preocupa com este clube. Colocou uma paixão incrível e ninguém mais do que ele quer que as coisas corram bem. É claro que se ele decidiu demitir-se é apenas pelo bem do Barcelona. Eu treinar o Barça? Idealmente sim, mas é algo que está muito longe [de acontecer]. Ainda estou a jogar e nem sequer tenho licença [de treinador]. Vou obtê-la, assim como a de diretor desportivo, e depois logo se vê."
Jovens como Yamal e Cubarsí na equipa principal: "Por um lado, é excecional que rapazes tão jovens cheguem à equipa principal e joguem tão bem. Por outro lado, penso que estas coisas são sempre o resultado de uma equipa em crise. No meio está o exemplo de Guardiola, que deu confiança a Pedro e Busquets, mas colocou-os num contexto mais positivo. Não me parece que jogadores tão jovens devam ter de conduzir um carro tão exigente como o do Barça. E depois é preciso ter cuidado, é muito difícil gerir estas coisas entre a necessidade de uma equipa e o desejo de uma criança."