Carlos Carvalhal repudiou os insultos racistas de que Vinícius Júnior foi alvo no domingo, por parte de adeptos do Valência, apesar de não considerar que se trate de um problema apenas de Espanha ou que tenha a ver com futebol.
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A justiça espanhola anunciou esta segunda-feira a abertura de uma investigação aos insultos racistas de que foi alvo o brasileiro Vinícius Júnior, extremo do Real Madrid, durante o jogo de domingo com o Valência, da 35.ª jornada da Liga.
O caso motivou inúmeras reações dentro da LaLiga, com Carlos Carvalhal, treinador português do Celta de Vigo, a ter sido uma delas. O técnico repudiou os insultos dirigidos ao jogador merengue, ainda que não considere que se trate de um problema de Espanha, mas sim da educação da sociedade num plano geral.
"Primeiro, quero lamentar os acontecimentos e em segundo, lamentar qualquer tipo de discriminação, porque perante o sucedido há que intervir em qualquer lugar. Creio que são situações que têm a ver com a educação das pessoas, é um problema da sociedade. Isto não tem nada a ver com futebol, estas pessoas teriam o mesmo comportamento numa obra de teatro ou numa exposição de pintura. Não me parece que Espanha seja um país racista", sentenciou, em declarações reproduzidas no jornal Marca.
No Estádio Mestalla, em Valência, Vinícius, que acabou expulso depois de agredir um adversário, mesmo no final do encontro (90+7), que os merengues perderam por 1-0, criticou a Liga espanhola e os adeptos com uma mensagem publicada nas redes sociais.
"Não foi a primeira vez, nem a segunda, nem a terceira. O racismo é normal na LaLiga. A competição acha que é normal, a federação acha que é normal e os adversários encorajam-no. Lamento-o. O campeonato que já pertenceu a Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi hoje pertence aos racistas", escreveu o futebolista no Twitter.
O Real Madrid também já informou ter apresentado uma queixa na Procuradoria-Geral "por delitos de ódio e discriminação" para com o internacional canarinho.
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