Médio Bruno Reis deixou o Portimonense e assinou por dois anos com o Differdange, o campeão do Luxemburgo
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Aos 25 anos, o algarvio Bruno Reis quebrou uma ligação de 15 anos com o Portimonense, o clube onde se formou, e rumou ao Luxemburgo, para representar o Differdange, campeão em título, que vai disputar as eliminatórias da Champions. O treinador é português (Pedro Silva) e no plantel há mais compatriotas (Edgar Pacheco, Rafa Pinto, Diogo Ramos). As primeiras impressões foram a O JOGO.
Como surgiu a hipótese de ir jogar no Differdange? É a primeira experiência no estrangeiro...
- A oportunidade surgiu o através do meu empresário João Pinto e também pelos contactos com Remy, o diretor desportivo do clube. É a primeira vez que jogo no estrangeiro e tudo, fruto de querer experimentar um futebol diferente e expandir os meus horizontes. Se tudo correr como espero, ficarei uns anos fora de Portugal.
O que mais o atraiu no projeto?
- O que mais me atraiu foi, sem dúvida, jogar as competições europeias. Poder jogar ligas dos campeões é um sonho de criança. Vir para o melhor clube de Luxemburgo e lutar para ser campeão em todas as competições é, igualmente, muito importante para mim. Outro aspeto relevante prende-se com a localização do país, pois temos as maiores ligas aqui perto e muita gente a observar.
Como vai ser, então, jogar as eliminatórias da Champions? Qual é o adversário?
-É um sonho, repito, até porque venho de um ano difícil e não estava mesmo nada à espera de voltar e jogar logo eliminatórias da Champions. Vamos jogar contra o FC Drita, uma equipa do Kosovo, dia 8 ou 9 de julho, e temos muita vontade de vencer e dar uma boa imagem da nossa equipa e da nossa liga. Se passarmos devemos jogar a seguir contra um grande clube europeu, o FC Copenhague, que vai ser um palco enorme para nos valorizarmos.
Estão aí muitos portugueses, é uma ajuda? O técnico também é português, já o conhecia?
- Muitos portugueses vivem no Luxemburgo, como sabemos, e às vezes nem é preciso tentar falar francês porque estamos rodeados de compatriotas. No clube também há muitos portugueses, diretores, roupeiros, fisioterapeutas e, claro, alguns colegas de equipa, o que facilita imenso a adaptação. A equipa técnica é toda portuguesa, o que ajuda ainda mais para me adaptar às ideias do míster. Já tinha ouvido falar do mister, porque estava a fazer bons trabalhos na formação do Alverca. É um treinador jovem, com boas ideias, e estou a gostar bastante de trabalhar com ele.
O clube tem boas condições e estruturas? E tem adeptos portugueses?
- O clube tem melhores condições que alguns clubes da primeira liga, dispondo de quatro campos e mais um indoor, para treinar por causa da neve. Ainda não tive muito contacto com os adeptos, porque os treinos têm sido a porta fechada, mas, pelo que já percebi, o Differdange é o clube mais popular de Luxemburgo.
Para trás ficou uma longa ligação ao Portimonense. Saiu desiludido com a última época?
- Não fiquei desiludido porque sei que dei o máximo de mim. As coisas não correram como esperava, mas trabalhei muito para tentar ajudar a equipa e o clube naquilo que podia, depois de ter estado quase um ano parado devido a lesão. Só tenho que agradecer pelo apoio que me deram durante a recuperação e sei que vou ter sempre uma porta aberta.
Que objetivos a curto prazo?
- Para já, sem dúvida, é tentar a classificação para as provas europeias, bem como ganhar todos os títulos aqui em Luxemburgo. Assinei um contrato de dois anos e quero ter um bom rendimento individual e alcançar marcas que me projetem e valorizem.