"Não é que eles não sejam bons, Cristiano e Messi são. Assim como Neymar..."
Numa entrevista conduzida por Alessandro Del Piero, o antigo jogador brasileiro identifica as diferenças entre a geração em que se inseriu e a atual.
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Conhecido por ter jogado em grandes clubes como Real Madrid, Barcelona ou os rivais de Milão, Ronaldo Nazário foi entrevistado por Alessandro Del Piero, antigo capitão e ícone da Juventus com uma carreira muito menos movimentada, numa transmissão da Sky Sports Itália.
Um dos temas abordados na entrevista foi a diferença entre a geração de Ronaldo e Del Piero, que brilharam nos anos 90 e na primeira década do século XXI, e a geração atual, liderada por Cristiano Ronaldo e Lionel Messi. Segundo o astro brasileiro, a sua geração foi a melhor, existia mais equilíbrio entre as principais ligas, em contraste com os craques de agora, onde apenas os capitães de Portugal e Argentina se destacam.
"É difícil comparar uma geração com outra. Não há critérios corretos para fazer isso. Mas se me perguntas qual é a melhor, eu digo a nossa, sem dúvida... Nós éramos realmente muitos e muito bons. Muito bons. Hoje não é que eles não sejam bons, Cristiano e Messi são. Assim como Neymar.. . Mas faltam os outros, não chegaram ao nível deles. Antes havia mais competição e não só em Itália, mas também em Espanha e Inglaterra."
O "Fenómeno" acredita também que o futebol apresentou melhorias a nível vista físico, algo que, no ponto de vista de Ronaldo, retirou muita preponderância a uma posição em especifico, o "número 10".
"O futebol melhorou muito do ponto de vista físico. Antes treinávamos e doía-me ter que correr com o Cafú ou com o Roberto Carlos, dar a volta ao campo... Tinha o Cuper que fazia 4 quilómetros todos os dias. Sem saber, eu estava em guerra contra essa filosofia de treino. Preferia fazer remates, que mais tarde teria que fazer no jogo, do que correr tanto. Agora encontramos um nível físico muito alto em todo o mundo, já não existem os 10 clássicos, lentos e técnicos. Hoje já não há espaço. Mas é verdade que tecnicamente a nossa geração estava muito à frente. Havia mais jogadores e personagens importantes. Cada equipa tinha dois ou três que eram realmente capazes de mudar um jogo e fazer história."
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