Marco Verratti fez parte de um plantel do PSG que continha nomes como Lionel Messi, Neymar, Kylian Mbappé e Sergio Ramos, mas que nunca conseguiu vencer a primeira Liga dos Campeões do clube. Médio italiano descarta ligar essa conquista à saída do avançado francês para o Real Madrid, em 2024
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Marco Verratti, que aos 32 anos joga no Catar ao serviço do Al Duhail, recordou esta quinta-feira a passagem de 11 épocas que cumpriu no PSG, entre 2012 e 2023, onde nunca conseguiu vencer a primeira Liga dos Campeões da história do clube, algo que os parisienses haveriam de conquistar na temporada passada.
Em entrevista ao jornal Marca, o veterano médio italiano começou por rejeitar associar esse tão desejado feito à saída de Kylian Mbappé para o Real Madrid, no verão de 2024, a custo zero.
"É injusto ver as coisas assim. Com Kylian chegámos às meias-finais e à final, mas não a ganhámos. Depois há o Real Madrid que, com grandíssimos jogadores, ganhou [a Liga dos Campeões] muitas vezes. Não creio que o PSG a conquistou porque Kylian saiu. Mbappé ajudou muito este clube a crescer e no ano em que saiu, marcou 50 golos [44 pelo Real Madrid], por exemplo", salientou.
Quanto às suas duas últimas épocas em Paris, onde fez parte de um plantel que continha nomes como Lionel Messi, Neymar, Kylian Mbappé e Sergio Ramos, mas que mesmo assim nunca chegou perto de vencer a Champions, caindo consecutivamente nos "oitavos", Verratti explicou que faltava um sentimento coletivo a esse grupo de "estrelas".
"O futebol é bonito por isso. Não é comprar jogadores e ganhas. Esse PSG era um projeto sério e eles ajudaram a crescer o clube. Individualmente, tínhamos muitos craques, mas faltava-nos algo como equipa e isso conta muito no futebol atual. Nos jogos grandes, sim, os craques podiam fazer a diferença, mas não no geral", apontou.
De resto, o médio também recordou os vários embates que teve com o Real Madrid na Liga dos Campeões, admitindo que, em jogos europeus contra os "merengues", especialmente no Bernabéu, acontecia sempre "algo difícil de explicar".
"Quando pensavas que eles estavam mal, ressucitavam. Uma equipa que, ainda que não tivesse 30% da posse de bola, matava-te. Outras equipas precisam da bola para ganhar. O Real, não, era muito prático. Jogava 10 minutos bem e fazia-te três golos e tu um a jogares 80% bem. Era uma equipa que sabia sofrer e que sabia que o triunfo chegaria e 'remontava' seguro. [O Bernabéu] É um estádio grande e bonito. Quando pensavas que o Madrid estava morto, ressuscitava e era preciso pouco para ressuscitar. Não o demonstraram só uma vez, mas várias", enalteceu.

