"Não acredito que a Superliga resolva os problemas financeiros dos clubes"
Esta nova competição, à margem das da UEFA, e surgindo como concorrente à Liga dos Campeões, tem sido fortemente criticada em toda a Europa
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No domingo, os italianos do AC Milan, Inter e Juventus, os espanhóis do FC Barcelona, Real Madrid e Atlético de Madrid, e os ingleses do Manchester United, Manchester City, Liverpool, Chelsea, Arsenal e Tottenham, que hoje despediu José Mourinho, anunciaram a criação da Superliga.
Esta nova competição, à margem das da UEFA, e surgindo como concorrente à Liga dos Campeões, tem sido fortemente criticada em toda a Europa e o presidente da UEFA já a classificou mesmo como uma "proposta vergonhosa" de clubes "guiados pela ganância".
Fora dos 12 clubes está, entre outros grandes, o Bayern, atual detentor da Liga dos Campeões. Esta tarde, comentando os planos de introdução de uma Superliga Europeia, Karl-Heinz Rummenigge, CEO do Bayern, foi claro: "O Bayern não tem estado envolvido nos planos de criação de uma Superliga. Estamos convencidos de que a estrutura atual no futebol garante uma base de confiança", pode ler-se no site do clube alemão.
"O Bayern congratula-se com as reformas da Champions League porque acredita que são o passo certo a dar para o desenvolvimento do futebol europeu. A fase de grupos, agora modificada, irá contribuir para um aumento do interesse e a emoção da competição", acrescentou.
Sobre uma das razões apresentadas pelos fundados da Superliga, Karl-Heinz Rummenigge, aponta a uma falsa ideia: "Não acredito que a Superliga vá resolver os problemas financeiros dos clubes europeus que surgiram como resultado da pandemia do coronavírus. Pelo contrário, todos os clubes na Europa deveriam trabalhar solidariamente para assegurar que a estrutura de custos, especialmente os salários dos jogadores e os honorários dos agentes, sejam alinhados com as receitas, para tornar todo o futebol europeu mais racional".