Treinador português conquistou a Taça do Rei do Barém ao serviço do Al Ahli de Manama, feito que o clube não conseguia há 21 anos
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Nandinho, treinador português que fez recentemente história no Al Ahli de Manama, conquistando a Taça do Rei do Barém, que não vencia a competição há 21 anos, falou esta terça-feira sobre esse feito ao jornal Marca.
“Foi realmente uma façanha extraordinária. O clube levava 21 anos sem ganhá-la e mais, na última década habituou-se a subir e a descer de divisão. Estavam há oito anos sem títulos e o último que ganharam foi a II Liga”, começou por enaltecer.
“Fizemos um diagnóstico profundo e fomos muito respeitosos com a cultura do país, trazendo as nossas exigências, rigor, disciplina, organização e a nossa ideia de jogo. Os jogadores gostaram da nossa forma de trabalhar e de liderar e isso traduziu-se nos bons resultados que temos obtido. Eles começaram a acreditar cada vez mais e a cereja no topo do bolo foi vencer a Taça”, referiu.
Para além desse sucesso, o técnico, de 51 anos, que conta com passagens pelo Gil Vicente, Famalicão, Almería B (Espanha) e B SAD no currículo, frisou que a época do Al Ahli ainda não terminou, já que o emblema segue no terceiro lugar do campeonato, a dez pontos do líder Al Khalidiya.
“A melhor classificação da equipa nos últimos anos foi um sexto lugar e estamos a lutar para melhorá-lo. Ainda faltam várias jornadas e vamos tentar acabar o campeonato num nível alto. Não gosto muito de pensar a longo prazo, porque no futebol tudo acontece muito rápido. O objetivo é terminar bem a temporada, com boas exibições e depois pensar no seguinte. Sabemos a qualidade que temos e vamos tentar subir de nível”, apontou.
Em jeito de conclusão, Nandinho considerou que deixou uma “boa imagem” no Almería, onde foi adjunto na equipa principal, e aproveitou para se tentar descrever enquanto treinador.
“Sou um treinador com uma ideia proativas. Gosto de jogar ao ataque e tento dar liberdade aos jogadores para explorar ao máximo as suas capacidades, respeitando sempre, isso sim, a organização coletiva. Fui jogador e creio que isso me dá vantagem na forma como lido com o plantel. Considero que tenho uma liderança natural no grupo, tenho uma relação muito boa com os futebolistas”, salientou.
“Não sou inspirado por nenhum treinador em especial. Baseio-me na minha própria experiência e o que tentei fazer foi absorver as coisas boas dos técnicos que fui tendo ao longo da minha carreira”, concluiu.