Nagelsmann após a eliminação da Alemanha: "Temos tanta inteligência artificial e não a aproveitamos"
Declarações de Julian Nagelsmann, selecionador da Alemanha, após a eliminação pela Espanha n(2-1) nos quartos de final do Euro'2024
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Sobre o jogo: "Parabéns à Espanha. Assistimos a duas partes diferentes. Na primeira, estávamos nervosos, apesar de a Espanha não ter defendido bem. Mas faltou-nos determinação. Via-se que as equipas tinham muito respeito uma pela outra. O jogo estava demasiado aberto. Reagimos na segunda parte e acabámos por ser melhores. Exceto em alguns minutos, também fomos melhores no prolongamento. Penso que merecíamos o empate. Mas depois levámos um golo no último lance. Não creio que tenha sido um lapso defensivo, o cruzamento de Olmo foi muito bom".
Lance polémico de possível penálti para a Alemanha: "Não percebo porque é que não têm em conta o que acontece com a bola. Se o Musiala manda a bola para o centro do Estugarda e o Cucurella a roça com a mão, não digo nada. Mas a bola ia à baliza. Temos tanta inteligência artificial e não a aproveitamos. Aquela bola ia para a baliza e acho que teria entrado, por isso não percebo a decisão deles. Não me sinto defraudado. No fim de contas, existe um regulamento e acho que não o fez de propósito. O que eu gostava era que as regras fossem mais práticas. São milésimos de segundo e temos de decidir se foi um movimento natural ou não. As regras deviam ser mais simples. Penso que se uma bola que vai para a baliza bate numa mão deve ser penalizada. Tenho pena da equipa porque investiram muito".
O que disse aos jogadores no fim do jogo? "Disse-lhes que não mereciam isto enquanto grupo. Tivemos umas semanas fabulosas. Investimos muito em campo e espero que os jogadores saiam com a consciência de que fomos capazes de levantar um país inteiro que, por natureza, tende a ser muito pessimista. Todos juntos somos mais fortes. Estivemos todos juntos e foi uma sensação muito agradável".
Conclusões: "Tenho uma equipa fantástica, só tenho elogios a fazer. Nunca tivemos discussões. Penso que todo o grupo fez um ótimo trabalho. Teríamos gostado de continuar esta simbiose com os adeptos. Também acredito que não voltarei a viver um campeonato no meu país, isso magoa-me. Também me dói o facto de termos de esperar dois anos para voltar a lutar para sermos campeões. E sim, vamos lutar para sermos campeões do mundo."
A despedida de Kroos: "Tudo o que eu disser será muito pouco. Toda a gente vê os êxitos e os títulos, que talvez nunca sejam igualados por ninguém na Alemanha. Mas o que mais me impressionou foi o facto de ninguém ter ficado contente quando se soube que queriam trazê-lo de volta. Muito pelo contrário. Toni é único quando se trata de se dirigir à equipa, de não se sentir especial, algo a que dou muito mais importância do que seis títulos da Liga dos Campeões".