"Na minha mente não fechei porta nenhuma. Se o FC Porto fechou? Não sei..."
ENTREVISTA, PARTE I - Oleg Reabciuk, transferido para o Olympiacos na reabertura do mercado, admitiu que o FC Porto exerceu o direito de preferência, mas a mudança só aconteceria no verão e isso pesou na escolha
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Duas temporadas de bom nível em Paços de Ferreira fizeram Oleg dar o salto. O destino foi o Olympiacos, mas podia ter sido o FC Porto. Os dragões exerceram o direito de preferência do canhoto que ali tinha jogado entre 2016 e 2019, mas a transferência só ocorreria no final da época. Oleg sentiu-se preparado para dar "já" um passo em frente e assegura não ter fechado nenhuma porta ao FC Porto por ter rejeitado o regresso.
"O FC Porto é um gigante, mas tive de pôr os sentimentos de lado"
Isto foi assinar, ver e... jogar pelo Olympiacos?
-Estou mesmo muito feliz com este começo. Fui bem recebido por toda a gente, fizeram-me sentir em casa e isso verificou-se nos jogos. Resta-me continuar assim.
Quando é que surgiu a hipótese de emigrar para a Grécia?
-No final da temporada passada. Fiz uma segunda metade de época muito boa e havia alguns clubes interessados, incluindo o Olympiacos, que sondou o Paços de Ferreira, mas as coisas não aconteceram. O Paços continuou a estar bastante bem e proporcionou-se agora esta mudança.
Mas o FC Porto acionou o direito de preferência e chegou a estar reunido com o clube...
-Sim. Eu, os meus representantes e o Paços de Ferreira reunimo-nos com o FC Porto, mas caso optasse assim só sairia no final da época e eu sentia-me pronto para dar um passo em frente. Tinha um clube [Olympiacos] que também é um gigante, está nas competições europeias, luta por títulos, deram-me toda a confiança e senti que era a altura de sair.
Chegou a falar em algum momento com Sérgio Conceição sobre a possível transferência para o FC Porto?
-Não, não falei.
E o Pedro Martins, ligou-lhe?
-Deu-me uma palavrinha, disse que o Olympiacos estava interessado, o que também me motivou.
Acha que a porta pode ter-se fechado para um eventual regresso ao FC Porto, no futuro?
-Tenho noção que o FC Porto é um gigante, mas também tive que pensar de forma profissional e pôr os sentimentos de lado. Como já disse, o Olympiacos é igualmente um grande e quis dar um passo em frente. Fiz de tudo para tentar fazer as coisas de forma correta, sem fechar porta nenhuma. Na minha mente não fechei porta nenhuma. Fui sempre direto e mostrei as coisas como sentia. Se o FC Porto fechou? Não sei...
O Olympiacos tem 14 pontos de avanço no campeonato. Já se vê a festejar o título no fim da época?
-É uma vantagem importante, não o escondo, mas no futebol tudo muda num instante. Nada está ganho. Porém, se continuarmos neste caminho, estaremos muito próximos do título. Liga Europa? Queremos bastante passar à próxima fase e ir o mais longe possível.
Como é a relação com os portugueses?
-Damo-nos todos muito bem. Somos como um grupinho. Nas refeições, os portugueses, ou os restantes jogadores que falam português, como o Hassan, que jogou no Braga, estão sempre juntos.
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