Clubes investiram mais de 8 300 milhões de euros em contratações
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O ano de 2025 fica marcado por um recorde de transferências, com um novo valor máximo de investimento a nível mundial, traduzido também num movimento de jogadores nunca visto. Segundo os dados divulgados ontem pela FIFA, os clubes gastaram, entre o período de 1 de junho – o organismo abriu uma janela especial para inscrições devido ao Mundial de Clubes – a 2 de setembro, um total de 8 359 milhões de euros (9 760 milhões de dólares, como revela a FIFA na sua plataforma), um valor que aumentou em cerca de 50 por cento em relação ao investimento realizado no verão anterior, que se tinha ficado pelos 5 532 milhões de euros. Ainda assim, o novo recorde de custos em jogadores acaba por ser estabelecido por superar o valor das transferências realizadas em 2023, quando no mesmo período os clubes gastaram 6 363 milhões. E o valor deste ano quase duplica o que a FIFA contabilizou há apenas três anos: investiram-se então 4 239 milhões de euros.
Olhando ao total de movimentos, também se registou no mesmo período de 2025 um máximo de transferências, pois houve 11 970 jogadores a mudarem de clube, mais 1 096 em relação ao verão de 2024– a FIFA não contabiliza neste levantamento as transferências realizadas desde ontem, uma vez que ainda há mercados abertos. A UEFA é claramente a confederação responsável pela maior fatia de investimento, tendo os seus clubes, muito à boleia da Premier League, gasto 7 287 milhões, seguindo-se, e bem longe, a AFC (Confederação Asiática de Futebol), que apresenta custos de “apenas” 647 milhões em contratações, surgindo depois a CONMEBOL (Confederação Sul-Americana de Futebol), cujos clubes despenderam em reforços 287 milhões de euros. Tal como nas verbas, também no número de contratações a Europa domina por completo, com 7 349 jogadores a assinarem contrato pelos emblemas da UEFA, contra 1 686 futebolistas contratados por conjuntos asiáticos.
Nos top-10 dos países que mais investiram neste mercado estão oito nações europeias, com destaque para a líder Inglaterra, além de Alemanha, Itália, França, Espanha, Portugal, Turquia e Países Baixos. Apenas a Arábia Saudita (cujo mercado está ainda aberto, razão pela qual se esperam mais gastos dos seus clubes, tal como na referida Turquia) e o Brasil se intrometem neste ranking. A nação asiática ocupa o sexto lugar na lista dos mais gastadores, precisamente à frente de Portugal, e os canarinhos são oitavos.