Argentina e França dão este domingo por encerrado o 22.º campeonato mundial. Em causa está também a supremacia continental.
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Argentina e França discutem este domingo, no Catar, a 11.ª final da história entre seleções europeias e sul-americanas. O resultado é desnivelado, com um 7-3 a favor do lado de lá do Atlântico, o que fica principalmente a dever-se aos resultados dos primórdios da competição.
França e Argentina têm dois mundiais cada. A que ganhar isola-se com três, ficando atrás de Brasil (5), Alemanha e Itália (com quatro)
Até ao Mundial de 1986, as seleções da América do Sul (Argentina ou Brasil, no caso) venceram sempre as opositoras europeias no encontro decisivo, enquanto depois disso reinou o equilíbrio. Isto significa que, nas últimas seis edições, se registaram seis triunfos para cada lado. A hegemonia era quase total durante o século XX, mas começou a equilibrar-se na fase final desse século, sendo hoje o paradigma reinante: Europa e América do Sul dividem as alegrias, agora com os restantes continentes a aproximarem-se também cada vez mais, como aconteceu com África, a chegar pela primeira vez às meias-finais através de Marrocos.
Esta tarde, no Catar, o equilíbrio teórico também é total, com o favoritismo a dividir-se consoante as preferências de cada um. De um lado, Messi ao comando da nau argentina, do outro Mbappé, dois jogadores de exceção que até alinham na mesma equipa, PSG, que curiosamente é propriedade de um grupo económico ligado ao poder no... Catar.
A Alemanha derrotou a argentina (1-0) na última final intercontinental. Gotze marcou o golo.
Os franceses têm também tido um Griezmann em grande forma, assim como De Paul, Enzo Fernández ou Alvarez se têm destacado nos argentinos. Este domingo, a dúvida mantém-se quanto ao sistema tático a utilizar por Lionel Scaloni, debate que tem enchido páginas e páginas de jornais: previsivelmente, tendo em conta que o 4-3-3 tão bem funcionou nas meias-finais contra a (europeia) Croácia, será essa de novo aposta com a nuance da entrada de Di María no onze inicial, agora que volta a estar fisicamente a cem por cento.
A Argentina perdeu o jogo inaugural com a Arábia Saudita, mas depois recompôs-se e só foi verdadeiramente posta à prova nos quartos de final, passando nos penáltis frente aos Países Baixos.
A França chegou ao Médio Oriente com sete baixas, mas só perdeu com a Tunísia num jogo que pouco lhe importava. De resto, passeou classe e poder de fogo. Ontem, a notícia prendia-se com a gripe dos camelos, mas o selecionador Deschamps desmentiu a gravidade da situação, garantindo que não tem ninguém de fora por essa razão.
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