Garantia do embaixador saudita no Reino Unido
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O consumo de álcool na Arábia Saudita, sede do Mundial de 2034, é proibido desde 1952 e, segundo o embaixador saudita no Reino Unido, tal não irá mudar durante o maior torneio de seleções.
“Assim como o nosso clima, é um país seco. Cada um tem sua própria cultura. Estamos felizes em acomodar as pessoas dentro dos limites da nossa cultura, mas não queremos mudar nossa cultura para outra pessoa”, afirmou.
Os debates sobre essa questão surgiram antes do último mundial do Catar, onde a venda de álcool também era controlada. Embora a decisão inicial de vender álcool nos estádios tenha sido revertida dois dias antes do início da competição, os adeptos conseguiram ter acesso a bebidas alcoólicas em zonas designadas, como nos camarotes e nos hotéis.
Questionado sobre a presença de pessoas da comunidade LGBTQIA+ nos estádios, o Príncipe Khalid bin Bandar Al Saud afirma que as portas estão abertas: “Nós recebemos todos na Arábia Saudita. Não é um evento saudita, é um evento mundial e, em grande medida, daremos as boas-vindas a todos que quiserem vir", vincou sobre um país não permite relações entre pessoas do mesmo género e não reconhece pessoas transgénero.
Steve Cockburn, diretor de Direitos Laborais e Desporto da Amnistia Internacional, afirmou que sediar o torneio na Arábia Saudita vai resultar numa generalização da violação de direitos humanos. “A FIFA tem de mudar urgentemente de rumo e garantir que o Campeonato do Mundo seja acompanhado de reformas abrangentes na Arábia Saudita, ou arrisca-se a uma década de exploração, discriminação e repressão associadas ao seu principal torneio”.
A candidatura do país árabe recebeu nota 4,2 de um máximo possível de 5 e foi eleita sem qualquer adversário.