"Mourinho voltou ao Chelsea e eu percebi que não teria hipótese, era o fim"
Josh McEachran passou de grande promessa do futebol inglês às divisões secundárias em terras de Sua Majestade.
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Chamado aos treinos da equipa principal do Chelsea pela mão de Luiz Felipe Scolari, em 2008/09, e estreante como sénior dos "blues" aos 17 anos, Josh McEachran viu a carreira dar uma volta de 180 graus e, de uma das grandes promessas do futebol inglês, passou para as divisões secundárias.
Em entrevista ao Football London, o médio, agora com 28 anos, recordou os motivos que não lhe permitiram vingar com a camisola do clube do coração e lembra, sem saudade, o regresso de José Mourinho a Stamford Bridge em 2013.
"Eu sabia qual o tipo de médio de que José gostava. Portanto, como um jovem inglês com muita técnica, percebi que não teria hipótese. Foi nessa altura que percebi que era o fim da minha passagem pelo Chelsea, foi muito duro. O clube era tudo o que eu conhecia. Desde os sete anos, quando os meus pais me levavam ao centro de trinos, até aos 17, quando me estreei pela primeira equipa", começou por contar McEachra, atualmente ao serviço do MK Dons. O receio do futebolista acabaria por se confirmar: sem entrar nas contas do treinador português, foi cedido ao Watford e, depois, ao Wigan.
"Olhando para trás, agora com mais experiência, percebo que podia ter exigido mais de mim quando estive cedido. Talvez não tenha sido bom o suficiente nesse aspeto. Por isso, não culpo apenas o Chelsea pela forma como me trataram, também faço 'mea culpa'. Era jovem, imaturo e ingénuo. Desde então tive várias contrariedades que me ajudaram a crescer. Se tivesse essa maturidade na altura, talvez a história tivesse sido diferente", prosseguiu McEachran, que, antes do regresso de Mourinho ao Chelsea, também trabalhou com André Villas-Boas. O médio também não convenceu o luso e foi cedido ao Swansea. Algo que não lhe causa arrependimento.
"Não me arrependo de ter ido para o Swansea. Se tivesse ficado no Chelsea, AVB ter-me-ia mandado para os sub-23 e, desse modo, ficaria a milhas da equipa principal. É assim que vejo as coisas. Ainda que admita: teria sido bom ficar com uma medalha de vencedor da Champions", rematou Josh McEachran, aludindo à conquista da prova pelos londrinos em 2011/12.