Mourinho responde à Inteligência Artificial: "Há um antes e depois de mim"
Treinador português do Fenerbahçe revelou o que acha da Inteligência Artificial e acabou por responder a uma pergunta gerada com essa tecnologia
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José Mourinho, treinador português do Fenerbahçe e adversário do Benfica no play-off de acesso à fase regular da Liga dos Campeões - primeira mão, em Istambul, joga-se na quarta-feira (20h00) - revelou, em entrevista ao canal brasileiro “Sporty Net”, o que acha da Inteligência Artificial (IA).
“Eu uso inteligência natural, porque sem isso a coisa não anda, mas é uma coisa interessante. A única coisa de que não gosto é a capacidade de representarem coisas não reais em imagens que parecem reais e depois muitas vezes há situaçoes embaraçosa, disso não gosto, mas a capacidade de Inteligência Artificial de te ajudar muito, disso não abdico”, apontou.
Nesse contexto, Mourinho foi abordado por uma questão gerada através dessa tecnologia, com um ‘chatbot’ de IA a formular a questão: “Se o seu legado não fosse medido por troféus, mas por quanto o jogo evoluiu por sua causa, que impacto diria que teve no futebol?”.
“É complicado. Acho que, metodologicamente, há um antes e depois de mim. Em como se treina, como se pensa o jogo, acho que há uma mudança radical nos inícios dos anos 2000, até eu ganhar a primeira Champions, em 2004, há um ‘boom’ de curiosidade sobre como eu trabalhava e há depois um pós. Lembro-me de quando cheguei a Itália pela primeira vez, no Inter, nem os jogadores acreditavam muito naquela maneira de trabalhar”, refletiu Mourinho, na resposta.
“Se me acho um dos melhores treinadores de sempre? Claro, por tudo o que ganhei. Acho que o futebol ainda se mede por isso. Há muita gente que faz uma coisa que me faz rir, que é dizer que não perdi mas não perdi a minha identidade. Mais vale perder a identidade, quem diz isso ganha pouco, quem ganha mais são aqueles que são mais marcantes e depois há outra coisa, que é ganhar como eu ganhei e onde ganhei. Ganhar a Champions com o FC Porto não é o mesmo do que ganhar no Barcelona, ganhar com o Inter não é o mesmo do que no Real Madrid. Podem dizer que não ganhei a Champions no Real, mas ganhei o campeonato e a Taça à melhor equipa do mundo, que era o Barcelona e quebrei um ciclo de domínio do Barcelona. O último título da UEFA com a Roma foi o único da história da Roma e a maneira como fiz, acho que tenho de ser um dos melhores”, disse ainda, a concluir.