Mourinho, o regresso a Itália e um lamento: "Pensei que nunca aconteceria na minha carreira"
Treinador português já está em Roma para iniciar um desafio que, garante, o entusiasma muito.
Corpo do artigo
José Mourinho já está em Roma para iniciar mais uma aventura na carreira. O treinador português concedeu uma entrevista ao clube, divulgada no site oficial, na qual explicou os motivos que o convenceram a regressar a Itália, onde já orientou o Inter com grande sucesso.
"Queremos fazer uma Roma de sucesso, mas um futuro de sucesso, não um momento isolado de sucesso. Queremos fazer algo sustentável", afirmou Mourinho. "Queremos começar a organizar o clube em todas as áreas relacionadas com a equipa de futebol. Claro que um clube é muito mais do que uma equipa de futebol, é muito mais do que os resultados de uma equipa de futebol. Queremos fazer algo muito, muito grande. Mas tem que ser passo a passo. E a começar por todas as estruturas em torno da equipa de futebol: não só as infraestruturas mas também as estruturas humanas. E, como dizem os donos, essa é uma forma de deixar um legado para o clube. Fazendo isso pelo futuro, pelo clube, pelos adeptos", prosseguiu.
Mourinho não escondeu ao longo da entrevista que está "entusiasmado" e explicou que é um treinador diferente do que chegou à Serie A há uma década. "Estou muito melhor agora, porque acho que este é um trabalho onde a experiência significa muito", explicou.
"Desde que saí de Itália fui para o Real Madrid, que foi uma experiência incrível, e alcancei o meu sonho de vencer na Itália, Inglaterra e Espanha. Depois voltei para a Inglaterra, que é a base de minha família, e para onde eu queria voltar. Tenho até a experiência de levar uma equipa à final e não jogar a final, o que é algo que eu pensei que nunca aconteceria na minha carreira. E aconteceu [na final da Taça da Liga, com o Tottenham].
"Então, com tantas experiências, e aprendendo nos bons e nos maus momentos, estou muito mais preparado agora do que antes. É o tipo de trabalho em que você só pode melhorar até ao dia em que perde a motivação. Porque eu acho que é a única coisa que pode fazer um treinador de futebol decidir parar, ou parar de aprender. Não é o meu caso, muito longe disso, continuo a aprender a cada dia e acho que estou melhor", rematou.