Treinador do Fenerbahçe considerou que o facto de começar o play-off da Liga Europa com o Anderlecht a jogar em casa não é benéfico
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Na véspera de o Fenerbahçe receber os belgas do Anderlecht (quinta-feira, às 17h45), na primeira mão do play-off de acesso aos oitavos de final da Liga Europa, José Mourinho considerou que o facto de começar a eliminatória a jogar em casa não é um aspeto benéfico para a sua equipa.
“Não vejo isso dessa forma, especialmente depois de os golos fora terem começado a deixar de contar [como vantagem em caso de empate]. Vejo isto desta forma: estamos a fazer um jogo de 180 minutos. Então, não acho que haja diferença entre jogar a primeira mão em casa ou fora. Se alguém me perguntar se será vantajoso marcarmos amanhã, a minha resposta seria: ‘Não existe nada que seja um bom resultado amanhã, porque o mais importante é avançarmos para a próxima ronda depois do segundo jogo’. Então, estou muito confortável nas primeiras mãos, porque sei que o jogo decisivo é o segundo”, apontou, em conferência de imprensa.
Garantindo que o Fenerbahçe não precisa de uma motivação adicional neste play-off devido à forma “dramática” como conseguiu apurar-se nas últimas jornadas da fase regular, o técnico português frisou ainda que nunca culpará o departamento médico do clube turco pela onda de lesões que tem tido.
“No passado, atiraram pessoas para o fogo, mas no meu caso é o contrário. Eu atiro água para o fogo e protejo as pessoas com quem trabalho. Não há um único fator que se possa culpar pelas lesões. O médico não é o culpado. Quem ou o que é que tem a culpa? O futebol, porque as lesões acontecem no futebol. Quando olhamos para o futebol atual, os futebolistas correm mais, fazem corridas mais violentas e têm menos tempo para recuperar. Por isso, a culpa é do futebol. São muitos os fatores que contribuem para as lesões, não se pode apontar uma única causa. Por exemplo, quando olhamos para a lesão de Diego Carlos, podemos dizer que se deveu ao contacto. O mesmo se aplica a Yusuf. Quando olhamos para as lesões musculares, para as lesões de jogadores como Ismail, Caglar, Livakovic, não há uma só razão. É uma combinação de muitos fatores: o clima frio, os campos onde jogamos, a fadiga... Não há muitos fatores diferentes e ninguém pode tocar no médico. Nada disto pode acontecer enquanto eu cá estiver”, vincou.