Declarações de José Mourinho, treinador do Fenerbahçe, à RTP 3, este sábado, no Jamor, onde Portugal defronta a Croácia (17h45)
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Fenerbahçe: “O que me levou a aceitar foi que eu tinha saudades de jogar para ganhar. Treinar para ganhar. Na Roma não jogava para ganhar. A Roma jogava para ganhar porque vocês dizem que quando eu estou joga sempre para ganhar, mas não é verdade. Tanto não era verdade que desde que eu saí até ao final do campeonato nada mudou. Aquilo que conseguimos nas competições europeias foi qualquer coisa um bocadinho fora da caixa, mas a nível nacional não tínhamos condições para competir. O Fenerbahçe a nível europeu obviamente que terá as suas dificuldades, mas a nível nacional… Historicamente é Fenerbahçe, Besiktas, Galatasaray, alguma vez o Trabzonspor e andaremos na luta pelo campeonato, que é uma coisa que me motiva. Já não tive não Roma, não tive no Tottenham e tenho saudades de não poder perder pontos e de ter de jogar sempre para ganhar.”
Acesso à Liga dos Campeões vai ser complicado: “Ui, são três play-offs, e para além dos três play-offs são oito jogadores no Euro, play-off a 22 de julho e eu a pedir a todos os santos que eles sejam eliminados o mais rapidamente possível do Euro, porque arrisco-me a ter jogar a primeira eliminatória, contra Partizan Belgrado ou Lugano, que não é fácil, sem oito. Ao guarda-redes já falei com ele ontem, já lhe disse: ‘Guarda-redes, mesmo que vás à final, no dia seguinte, Istambul e tens de jogar'. Pré-temporada? 22 deste mês.”
62 milhões de euros para investir? “Ninguém me disse nada disso. Não há um budget. A nível nacional é uma boa equipa, lutou pelo campeonato até ao fim, até ao último jogo, ficou com quatro pontos de diferença do Galatasaray, com diferença significativa do terceiro, a nível interno é uma boa equipa. Mas obviamente que se queremos tentar ser campeões e queremos fazer alguma coisa interessante na Europa, seja na Champions ou na Europa League, precisamos de qualquer coisa. O diretor fala o mesmo idioma que eu, é um homem com experiência, conhecedor da realidade do futebol turco. O presidente só amanhã sabemos quem é. Existe mais empatia com um, porque foram conversações mais alongadas, mas o facto de ambos, inclusive o terceiro, que depois saiu da corrida, os três me quererem, foi uma coisa que me motivou.”
Palpite para o jogo da Seleção: “Estou pouco preocupado com isso. Que joguem vem, que não haja lesões, que não aconteça nenhuma lesão daquelas que às vezes acontecem antes das grandes competições e que o treinador consiga tirar as suas ilações. Eu sei, obviamente, as pessoas querem que Portugal ganhe, mas eu, como treinador, quero é que o treinador saia contente.”