Mourinho: "Fiz 150 jogos na Champions e há quem jogue aqui de forma superficial"
A Roma empatou em casa do Servette e vai discutir o primeiro lugar do grupo da Liga Europa com o Slávia de Praga
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A Roma, treinada por José Mourinho, empatou esta quinta-feira 1-1 na visita aos suíços do Servette, garantindo a presença na próxima fase da Liga Europa, faltando apenas definir se vai acabar o grupo em primeiro ou segundo lugar.
Em jogo da quinta jornada da fase de grupos, a equipa italiana abriu o marcador aos 21 minutos, por Romelu Lukaku, com Chris Bedia a restituir a igualdade aos 50’.
No final da partida, o técnico português criticou a atitude dos seus jogadores, dizendo que foram “superficiais” num jogo em que apenas a vitória interessava.
"Somos superficiais nos momentos em que temos de nos chegar à frente. Há jogadores que perderam a sua oportunidade esta noite. Aouar? Não estou a falar dele, estou a falar de outros jogadores, parece que aqui, fora de casa, os suplentes entram em campo com uma atitude que não melhora a equipa”, apontou.
Com o empate, a Roma vai discutir o primeiro lugar do Grupo G com o Slávia de Praga, que venceu por 3-2 na visita ao Sheriff Tiraspol e tem mais dois pontos do que os romanos (12). Uma situação que não preocupa Mourinho, ao contrário da mentalidade da equipa fora de casa.
“Não acho que seja um drama jogar os play-offs, mesmo que enfrentemos uma equipa da Liga dos Campeões. Voltaremos a jogar no Olímpico e não quero fazer um drama sobre o segundo lugar, é mais dramático que alguns jogadores tenham perdido a sua oportunidade de ter impacto, é uma atitude que já vi antes. Não percebo mesmo nada, joguei 150 jogos da Liga dos Campeões, que são mais importantes do que estes, e parece que há pessoas que não têm uma grande história na Europa e jogam estes jogos de uma forma superficial, são sempre iguais na sua atitude”, visou, reforçando a crítica.
“Se alguém vai pagar por isto? Nós não podemos fazer isso. Guardiola pode fazê-lo, connosco só o treinador é que pode chegar a eles... Vou continuar a martelá-los [aos jogadores]. A nossa equipa é fantástica, tem muita gente boa, séria e que adora a Roma, mas está numa zona de conforto. Conseguimos incutir esta mentalidade na equipa em casa, fora de casa é mais difícil, mas obviamente que poderíamos ter ganho na mesma. Alguns perderam um pouco a voz, se alguém me disser que quer jogar mais... só o fará se os outros estiverem mortos. As pessoas que respondem continuam a ser as mesmas”, finalizou.