As dores insuportáveis e os conselhos da mulher de Morata: "Já viste o que estás a fazer?"
Álvaro Morata recordou os difíceis tempos vividos durante a lesão, os maus comportamentos em campo e o papel preponderante da mulher, Alice.
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O espanhol Álvaro Morata, esta época ao serviço do Chelsea, viveu momentos complicados à custa de uma lesão nas costas, que o levou a fazer coisas de que se arrepende e que mais tarde o obrigou a parar. Neste momento, tudo parece estar resolvido, e o que ficam são as recordações.
Em entrevista à "Marca", o avançado explica que "tinha de ter parado" uma vez que "a dor era insuportável e nem podia conduzir", tendo de se injetar "três vezes ao dia".
"Para mim foi um ano complicado e para a equipa não acredito que tenha sido melhor. Vivi um ano duro. Tudo começou lindamente Todos gostavam de mim e marcava golos, mas agora é diferente. As pessoas dizem-me coisas na rua e não sabem o que passei. (...) Preferia ter feito uma rotura num músculo e estar três meses de fora do que não saber muito bem o que tinha. Queria jogar e marcar golos, mas não podia", começou por explicar.
"Tive de ir várias vezes à Alemanha receber um tratamento em que me injetavam nas costas. Doía muito e tinha de regressar a Londres para treinar no dia seguinte. Acho que estava errado. Tinha de ter parado. Quando se está lesionado, estás e pronto. Eu chegava a casa dos jogos e dos treinos e tinha de me injetar porque não aguentava as dores", atirou.
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A mulher Alice, grávida, foi um importante apoio. "Eu tinha uma frustração que tinha de sair por algum lado. Como em casa as coisas não podiam correr melhor, quem pagava eram os árbitros. Voltava para casa e a Alice dizia-me 'Já viste o que estás a fazer, a atitude que tens em campo?'. Não me apercebia do que fazia. A verdade é que este era o panorama que tínhamos: eu deitado na cama porque não me conseguia mexer, e ela a vomitar com as náuseas da gravidez. São experiências que nos servem para o futuro", afirmou Morata.
Quanto ao famoso gesto em Camp Nou [estádio do Barcelona], que correu mundo, quando mexeu nas partes intimas em resposta aos cânticos dos adeptos contra si, o espanhol é muito claro:
"O estádio estava todo a insultar-me, mas não há desculpa possível. Pediria-lhes desculpa a todos, um a um. Há que dar o exemplo. Não gostaria que os filhos que vou ter vejam o que fiz", concluiu.