Chelsea vive num mar de incertezas depois das sanções aplicadas pelo Governo britânico a Roman Abramovich que, entre outros efeitos, suspenderam a venda do clube. Junto ao recinto do emblema londrino, foram escritas algumas mensagens em protesto com as medidas adotadas. "Deixem o nosso clube em paz" e "A Europa está a financiar a guerra, não o Chelsea" são visíveis.
Corpo do artigo
1502261133654335493
O ponto da situação no Chelsea
O futuro do Chelsea está mergulhado em incertezas. O processo de venda do clube cujo proprietário é Roman Abramovich foi suspenso por decisão do Governo do Reino Unido, que decidiu congelar os bens patrimoniais de sete oligarcas russos, entre os quais Roman Abramovich. Em mais uma medida motivada pela invasão da Rússia à Ucrânia, o Chelsea está proibido de vender mais bilhetes, renovar contratos com jogadores e concluir transferências.
A ministra da Cultura, Nadine Dorries, mostrou-se preocupada com a situação. "Temos trabalhado para garantir que o clube e o desporto nacional não sejam desnecessariamente prejudicados por estas importantes sanções. Para garantir que o clube possa continuar a competir e operar, vamos emitir uma licença especial que permitirá que os jogos sejam cumpridos e que o pagamento aos funcionários seja assegurado", referiu.
Em comunicado, o Chelsea revelou que pretende minimizar estragos. "Queremos debater com o Governo os contornos da licença. Isso incluirá um pedido que possibilite ao clube operar da forma mais normal possível", lê-se. A partir de agora, o campeão europeu terá igualmente um limite de custos nas deslocações - cerca de 24 mil euros -, o que deixa várias incógnitas, até porque na próxima semana jogará em França com o Lille para a Champions. "Vamos viver o dia a dia. Desde que haja camisolas e um autocarro para nos transportar continuaremos a competir com garra", garantiu ontem o treinador Thomas Tuchel.
Entretanto, a Three, cuja marca é publicitada nas camisolas do Chelsea, suspendeu "temporariamente" a ligação ao clube inglês. Trata-se de mais um rombo, tendo em conta os 47M€ de encaixe financeiro anuais. A Nike, Hyundai e a Hublot ponderam também o fim do patrocínio.