Mensagem forte de apoio a Mendy: "O que será feito para reparar os danos?"
Vinícius Júnior, craque do Real Madrid, mostrou-se ao lado do ex-jogador do City, ilibado de crimes sexuais.
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O futebolista internacional francês Benjamin Mendy foi esta semana declarado inocente pela justiça britânica de um crime de violação e de um de tentativa de violação, meio ano após ter sido ilibado de outros sete crimes sexuais. O ex-jogador do Manchester City livrou-se assim dos tribunais e tem recebido uma onde de apoio, sendo Vinícius Júnior, do Real Madrid, o mais recente exemplo.
"Até quando seremos acusados e condenados sem direito a uma defesa básica? Fake news são criadas e espalhadas sem comprovar nenhum facto (algo que eu pessoalmente senti muito nessas férias) e aí a situação só piora. Ser responsável seria o mínimo para qualquer profissional, mas hoje em dia o trabalho sério virou exceção. Não há limites para obter mais cliques", escreveu o internacional brasileiro nas redes sociais.
"A minha pergunta é: o que será feito para reparar os danos?", questionou. "Sinto muito por tudo que passaste, Benjamin Mendy. Perdeste dois anos de carreira, mas isso é o menos de toda esta situação... E o prejuízo psicológico? Tenho a certeza que a tua vida nunca mais será a mesma. A cultura de destruir reputações acrescenta mais uma vítima", pode ler-se.
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O jogador, que foi suspenso pelo Manchester City e terminou o contrato com o campeão inglês e europeu em 30 de junho, estava acusado de ter violado uma mulher de 24 anos, em outubro de 2020, e de tentativa de violação de uma outra mulher de 29 anos, ocorrida dois anos mais tarde.
Em janeiro, Mendy tinha sido declarado inocente de seis crimes de violação e um de agressão sexual, após cinco meses de julgamento, mas teve de voltar a responder em tribunal, pois o júri popular não conseguiu chegar a um veredicto sobre os dois crimes agora julgados.
Durante o julgamento, o jogador, que foi colega de equipa dos portugueses Rúben Dias, João Cancelo e Bernardo Silva no Manchester City, foi apresentado pelo Ministério Público como "um predador", que abusou de vítimas "vulneráveis e aterrorizadas".
Mendy, que foi detido em agosto de 2021 e esteve mais de quatro meses preso preventivamente, rejeitou ser "um perigo para as mulheres", argumentando que todas as interações sexuais de que estava acusado foram consentidas.
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