"Mbappé nos Jogos Olímpicos? O que queres que eu diga e ele diga? Vai lutar com o seu clube?"

Thierry Henry, treinador da seleção olímpica de França, falou sobre a possibilidade de levar Kylian Mbappé, neste momento ainda jogador do PSG, aos Jogos Olímpicos. Especulando sobre uma possível mudança do craque para o Real Madrid, Henry acredita que não será fácil, mas não perde a esperança.

"Kylian pode ir para onde quiser, tomará a decisão certa. Quer seja o Real Madrid - porque toda a gente pensa que é óbvio, quando pode estar enganada - ou qualquer outro sítio, Kylian será bom onde quer que vá. Estamos a falar de um monstro. Ainda bem que ele é francês. O Kylian é a inveja do mundo. Sempre que estou no estrangeiro, as pessoas dizem-me: 'Que sorte têm os franceses de ter um jogador como ele!'. Aqui, embora também se fale das suas qualidades, há sempre um comentário negativo porque levantou um dedo, fez isto e não fez aquilo... No estrangeiro, têm muita inveja! Noutros países, perdoamos todos os grandes jogadores da história, tudo! Aqui, ele levanta as mãos e todos perguntam porque o faz! Para onde quer que ele vá, alegremo-nos. Kylian, boa sorte para ti", começou por dizer e em entrevista concedida ao "Le Parisien", citado pelo jornal "AS".

"Ainda não falei com o Mbappé sobre isso [Jogos Olímpicos]. O que é que queres que eu diga e o que queres que diga Mbappé? Ele vai lutar com o seu clube? Cuidado, estamos aqui a especular sem saber se [o Real Madrid] será o seu destino. A única coisa que sabemos é que Kylian vai embora [do PSG]. Mas, se for para o Real Madrid, já sabemos que não deixarão os seus jogadores saírem [para os Jogos Olímpicos]", continuou, destacando que não desistirá de levar jogadores do emblema merengue a Paris'2024.

"Não me ficaria por aí. Estamos a falar do Kylian [Mbappé], mas também há o Camavinga, o Tchouaméni e o Mendy. Vou continuar a tentar até ao fim, porque quero ter a melhor equipa. Mas voltamos ao mesmo debate: o que é que se pode fazer para além de ser educado, pedir e pedir uma e outra vez? É como quando, no Natal, pediste dez vezes o mesmo presente aos teus pais, sem sucesso, e voltas a pedi-lo pela 11.ª vez... Temos de pedir. Quem é que pára à primeira nega?", concluiu.