Nacho Fernández desvaloriza o arranque pouco fulgurante do avançado francês no gigante espanhol, dizendo que "quando explodir será espetacular"
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Nacho Fernández, antigo capitão do Real Madrid e atual jogador do Al Qadisiyah, da Arábia Saudita, para onde se mudou no verão passado, comentou esta quarta-feira vários tópicos relacionados com a atualidade do seu antigo clube, onde cumpriu quase toda a carreira e venceu um total de 25 títulos, com destaque para seis Liga dos Campeões e cinco LaLigas.
Em declarações ao programa “El Partidazo”, da rádio COPE, o central espanhol de 34 anos começou por reagir ao boicote do gigante “merengue” à gala da Bola de Ouro de 2024, após saber que seria Rodri e não Vinícius Júnior a vencer o prémio de melhor futebolista do mundo, admitindo que não concordou com essa decisão.
“Não me vou meter na decisão do clube, terá os seus motivos. Eu, sinceramente, teria ido à gala. Creio que o problema é que se gerou o caminho de que seria Vinícius a ganhar e não deve ser fácil gerir que tenhas algo praticamente na mão e depois dizem-te no último momento que não. Tem de ter sido um golpe muito duro. É muito fácil dizer desde fora: ‘Sim, eu iria de certeza’, mas também é preciso estar ali”, comentou.
“Eu, sem dúvida alguma, teria dado a Bola de Ouro a Vinícius. Para mim, agora mesmo, é o número 1. Mas estou muito contente por Rodri como companheiro, pelo jogador que é e pelo bom tipo que é. Não retiro o mérito a Rodri, que também o merecia”, disse ainda, acrescentando: “Escrevi uma mensagem a Vini e disse-lhe que isto o iria tornar mais forte. Não vi nenhum jogador que se tenha sabido sobrepor a tantas dificuldades. Estou seguro de que a vai ganhar no futuro”.
Já sobre o atual momento de forma do Real Madrid, Nacho saiu em defesa do treinador Carlo Ancelotti e ainda de Kylian Mbappé, desvalorizando o início pouco fulgurante que o avançado francês tem tido na capital espanhola, com oito golos e duas assistências em 16 jogos.
“Se há um treinador que tem crédito e merece que o respeitem para sair de uma situação destas, é Ancelotti. Ganhou tudo no Real Madrid e é o tipo ideal quando há uma pequena crise de tranquilidade no balneário. Também não é como se houvesse um desastre neste momento. Está perto de lutar pela LaLiga, faltam muitos jogos de Champions... Há gente muito boa no ataque e não é fácil encaixar essas peças. Quando encontrarem a chave certa, podem ser uma equipa imparável”, afiançou.
“Mbappé? É um dos melhores do mundo. Quando chegas a um clube como o Real Madrid, a adaptação é difícil, aconteceu a todos. Não é o mesmo jogar no Real Madrid do que em outros sítios. Quando explodir, será espetacular”, concluiu.