Mazraoui recusou casaco pró-LGBT e United reage: "Os jogadores têm direito..."
Lateral marroquino recusou usar um casaco alusivo à comunidade LGBT+ no aquecimento do jogo com o Everton, no âmbito de uma campanha solidária da Premier League, com base nas suas crenças religiosas enquanto muçulmano
Corpo do artigo
Noussair Mazraoui, lateral-direito do Manchester United, de Rúben Amorim, recusou usar um casaco da Adidas alusivo à comunidade LGBT+, no âmbito de uma campanha solidária da Premier League, com base na sua religião muçulmana.
A informação foi revelada esta quarta-feira pelo jornal The Athletic, que explica que essa recusa do internacional marroquino, de 27 anos, fez com que o clube inglês alterasse os seus planos para o aquecimento do jogo frente ao Everton (vitória por 4-0), em Old Trafford, com os seus jogadores a terem surgido no relvado vestidos com as habituais camisolas pré-jogo, sem referências arco-íris.
Ainda assim, o internacional português Bruno Fernandes usou uma braçadeira pró-LGBT durante o encontro com os “toffees”, à imagem dos restantes capitães da Premier League, tendo sido a única exceção Sam Morsy, do Ipswich, também devido à sua fé muçulmana.
É ainda referido que a recusa de Mazraoui em aderir à iniciativa - habitual no United ao longo das últimas duas épocas - não caiu bem a toda a gente no plantel nem à própria Adidas, que terá ficado “desapontada”.
Nesse sentido, o Manchester United reagiu à polémica através de um comunicado, no qual refere que, apesar de defender a "diversidade e inclusão” enquanto clube, os seus jogadores “têm direito às suas próprias opiniões individuais”.
“O Manchester United acolhe adeptos de todos os meios, incluindo membros da comunidade LGBTQ+, e estamos fortemente comprometidos aos princípios da diversidade e inclusão. Demonstramos estes princípios através de uma variedade de atividades, incluindo o nosso apoio ao clube de adeptos ‘Rainbow Devils’ [‘Diabos Arco-Íris] e campanhas de celebração dos nossos adeptos LGBTQ+ e de combate a todas as formas de discriminação. Os jogadores têm direito a formar as suas próprias opiniões individuais, particularmente em relação à sua fé, e estas, ás vezes, podem diferir da posição do clube”, pode ler-se.