"Mataram o meu pai, abandonaram-no à sua sorte", lamenta filho de Maradona

Diego Armando Maradona Júnior, um dos filhos de Maradona, não se conforma com a morte do pai, em novembro de 2020, e promete continuar a lutar na Justiça. A família do craque argentino acredita que houve neglicência médica, não tendo sido prestados os cuidados necessários a "Don Diego" após este ter passado por uma cirurgia de emergência para remover um coágulo cerebral.

"Há uma investigação aberta. Nós, os filhos, temos muita fé na justiça argentina. Estou convencido que isto não devia ter terminado assim. Mataram o meu pai. Não faz parte do meu trabalho dizer quem o fez, tenho ideia, mas não o posso dizer. Abandonaram-no à sua sorte quando se podia fazer alguma coisa. Fiz uma promessa: vou lutar até ao último dia por justiça", disse o italiano, fruto de uma relação de Maradona com Cristiana Sinagra, quando o futebolista representava o Nápoles.

"Esta sensação de vazio nunca vai desaparecer. Mas o carinho que as pessoas mostram alivia a dor, pelo menos em parte. Tento ver as coisas por um lado positivo, lutei durante muito tempo com a minha mãe e com toda a família pelo reconhecimento da paternidade e no final tive o privilégio de estar perto dele, de ter uma relação normal de pai e filho. Foram quatro aos muito bonitos", continuou, em declarações proferidas num programa de televisão em Itália.

Maradona Júnior não esteve com o pai na fase final da sua vida, algo que guarda com mágoa. "Nunca aceitei a sua morte, acho que nunca a aceitarei. Não era o momento adequado. Na fase em que ele estava mal eu estive internado com covid-19 e não pude ir à Argentina. Recebi uma mensagem, mas não tinha ideia de nada. Até que liguei a televisão e todos falavam a sua morte. Depois, a minha mulher confirmou a notícia", confidenciou.

De recordar que os médicos e enfermeiros que prestavam cuidados a Maradona estão a ser investigados na Argentina por alegada negligência médica.