Martínez fala de Rodrigo Mora e João Félix: "Não há passos certos ou errados"
Declarações do selecionador nacional Roberto Martínez após anunciar a convocatória de Portugal para o arranque da qualificação do Mundial'2026, com jogos na Arménia e Hungria, a 6 e 9 de setembro
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Responsabilidade de ganhar o Mundial'2026: “Portugal joga para ganhar. Aceitamos essa pressão, mas o nosso foco é continuar o caminho que temos feito, tentando melhorar e acrescentar conceitos táticos. Temos de continuar a mostrar o espírito que tivemos para ganhar a Liga das Nações. Este é um bom desafio, porque, normalmente, setembro é um estágio difícil, porque é o primeiro de uma nova época e precisamos de começar bem, até porque vamos jogar fora os dois primeiros jogos. Temos de igualar o espírito das equipas que vão defrontar o campeão da Liga das Nações e este é mais um desafio para nós”.
Rodrigo Mora nos sub-21 e João Félix na Arábia Saudita: “Não há passos certos ou errados, o importante é jogar, ser importante no balneário ter desafios onde o jogador possa evoluir e crescer. O João Félix tem 25 anos e muita experiência. Agora está feliz e a jogar. O Rodrigo Mora está numa fase normal, porque há momentos difíceis e outros bons. É importante continuar com a mesma atitude e tentar melhorar todos os dias. O Rodrigo Mora tem talento excecional, que eu adoro. Estava connosco na equipa que venceu a Liga das Nações, mas agora vai trabalhar com o Luís Freire e pode ter um papel importante nos sub-21. Não é uma despromoção, é uma oportunidade de continuar o seu processo de formação. Já temos muitos exemplos de jogadores que foram para a Arábia Saudita, concretamente o Rúben Neves e o Cristiano Ronaldo. Não é uma questão da Liga ou o país, o importante é o papel do jogador no balneário”
Talentos à vista: “O foco é setembro. Agora não temos o Nélson Semedo e do Rafael Leão, porque clinicamente não estão aptos. O João Cancelo já estava no grupo, mas 'caiu' da lista pela lesão que teve. Estamos ainda a acompanhar um grupo de jogadores que estão muito perto da seleção, nomeadamente o Ricardo Mangas, Flávio Nazinho, Diogo Fernandes, João Mário, Alberto Costa, Mateus Fernandes e mesmo o Geovany Quenda. O importante é criar um grupo muito competitivo, mas a seleção está aberta. Precisamos de dar continuidade ao que fizemos em junho e crescer nos próximos seis jogos. É uma situação esquisita. Esta é a minha quinta fase de apuramento para um Mundial ou Europeu e esta é a primeira vez que temos seis jogos. Temos de começar como acabámos em junho”
Nível elevado: “Infelizmente, não podemos utilizar o Rafael Leão e o Nélson Semedo, dois jogadores importantes. O nível de uma seleção vê-se com lesões e situações difíceis. Agora temos um grupo grande e é importante para gerir ausências por lesão”