Marta conta "momento mágico" a O JOGO: "Quase não viajei porque não tinha sapatilhas"

Em entrevista a O JOGO, Marta partilhou um momento marcante quando ainda era menina. Um episódio que não esquece e ajudou a moldar-lhe o caráter. "Na minha infância, quase não viajei para um jogo com a equipa da minha escola, quando jogava com os meninos. Não tinha ténis para jogar futsal e estava praticamente conformada de que não viajaria, porque não tinha sapatilhas, nem dinheiro para pagar o transporte, porque todos tinham de dar um pouquinho para ajudar no transporte", começa por recordar a melhor jogadora de todos os tempos.

"Então, eu fui ao ponto de encontro combinado para a saída, só para me despedir e desejar-lhes boa sorte. Aí, à última hora, chegou o meu primeiro treinador com uma sacola de supermercado e ténis e caneleiras lá dentro. Disse-me: 'não é preciso pagar transporte, mas você vai com connosco'. Foi um momento mágico que não esqueço até hoje e lembro com carinho. Às vezes, uso este exemplo como motivação para os desafios que a vida me coloca pela frente", contou-nos a internacional brasileira, eleita cinco vezes a melhor do mundo.