Centenas de adeptos franceses considerados ultras tentaram invadir o complexo da equipa francesa, treinada por André Villas-Boas, em protesto contra a administração do clube
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O Marselha condenou, este sábado, o "ataque inaceitável" de que o centro de treinos do clube francês, treinado pelo português André Villas-Boas, foi alvo, revelando que apresentou queixa contra atos "irresponsáveis".
"O Olympique de Marselha condena fortemente o ataque inaceitável que sofreu a meio da tarde no interior do centro de treinos. Algumas centenas de ultras forçaram a entrada na Commanderie, incluindo o edifício da estrutura profissional. Apesar da intervenção da polícia, um momento injustificável de violência ameaçou a vida de todos os presentes", pode ler-se num comunicado publicado este sábado, poucas horas depois do sucedido.
A partida do Marselha com o Rennes, marcada para as 20 horas, foi adiada pelo organismo que tutela o futebol profissional francês.
As ações "devem ser condenadas com a maior severidade", o clube "tem provas" e enviou-as à polícia, com a garantia de que "vai apresentar queixa nas próximas horas para defender o clube deste barbarismo."
Por outro lado, e apesar da intervenção policial, ocorreram "roubos" e foram danificados vários veículos, além de terem ardido cinco árvores, com "danos no interior de edifícios a causarem prejuízos de várias centenas de milhares de euros".
"Três centenas de funcionários estão em choque hoje, por terem vivido este ataque inenarrável contra o OM. Isto requer a maior severidade contra os criminosos que se dizem adeptos mas destroem instalações e ameaçam funcionários e jogadores", disse, citado em comunicado, o presidente do clube, Jacques-Henri Eyraud, um dos principais alvos da "ira' dos invasores,.
No mesmo documento, o guarda-redes Steve Mandanda é citado como considerando os eventos "inaceitáveis", e o jogador de 13 anos dos marselheses pede "paz", enquanto o defesa espanhol Álvaro reiterou que "o que aconteceu hoje não pode acontecer nunca mais".
A três horas do início do encontro com o Rennes, da 22.ª jornada da Ligue 1, a organização do campeonato anunciou o adiamento do jogo, para data a definir, após a invasão da "Commanderie', nome dado ao centro de treinos dos marselheses.
Segundo a imprensa local, cerca de três centenas de adeptos entraram nas instalações do emblema para protestar contra a direção, e o presidente Jacques-Henri Eyraud, com a intervenção policial a ser requerida.
O jornal La Provence, que publicou um vídeo com uma árvore a arder à porta do complexo, descreve uma cena com vários artefactos pirotécnicos acionados ou arremessados, com o L'Équipe a explicar que a invasão foi premeditada.
Na derrota por 1-0 com o Lens, no Vélodrome, no dia 21 de janeiro, os adeptos "viraram-se' contra os jogadores, tendo hoje escalado o protesto, com cartazes e outras tarjas a classificar a direção como "vergonhosa" e "nojenta".
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