Marlon Freitas revela profecia de Artur Jorge após duas derrotas na Taça Libertadores

Como define a final da Taça Libertadores? "Sonho. Defino esta final da Libertadores como um sonho. Não só do Marlon, mas do clube, do John, dos jogadores, da equipa técnica. De todos. Lutámos muito. Acredito que para muitos era muito difícil estarmos aqui hoje. O nosso grupo não tem vaidade, falo isso do fundo do meu coração. É um a lutar pelo outro. A nossa competitividade interna é muito grande e faz com que todos os jogadores estejam a alto nível. A palavra que define isto tudo é sonho."

Profecia de Artur Jorge: "Perdemos os dois primeiros jogos e, quando isso acontece, as chances diminuem muito. A primeira coisa que ele [Artur Jorge] disse foi: 'Nós vamos qualificar-nos, podem acreditar'. Nós acreditámos e trabalhámos sem ouvir os ruídos de fora. Tem sido assim até hoje. Fazer o nosso melhor que os resultados vão aparecendo. Marcou-me muito, a convicção dele. Foi o que ele disse quando se apresentou ao grupo. Isso mostra a convicção naquilo que ele iria fazer."

Ambiente leve: "É assim o nosso dia a dia. Tentamos sempre deixar o clima mais leve. Digo isso aos funcionários. Além da competitividade, temos alegria. Um a ajudar o outro, a apoiar. Precisamos de desfrutar, com responsabilidade, claro, mas com alegria também. Eu disse isso antes do jogo com o Palmeiras. Precisamos de jogar leves, desfrutar o momento e fazer o que sabemos. Não há problema em errar. Faz parte. Não podemos é fazer uma coisa no treino e chegar ao jogo e não fazer. O nosso ambiente é leve, mas sabemos da responsabilidade do jogo de amanhã [sábado]. Ninguém caiu aqui de paraquedas, este momento estava preparado para cada um de nós. É dar o nosso melhor, que tenho a certeza que vamos conseguir o nosso sonho."

Adeptos: "Temos uma responsabilidade muito grande pelo emblema que carregamos. Mas é uma responsabilidade boa. Agradeço aos adeptos o sacrifício que eles fazem. Empenho nunca faltou. Vamos lutar sempre, por eles, por nós, pela nossa família. Vamos lutar muito, fazer o nosso melhor e sabemos que eles vão apoiar-nos do primeiro ao último minuto. Esperamos, com toda a humildade, realizar o sonho destes adeptos. São muitos anos sem ganhar títulos de expressão. Uma responsabilidade muito grande que, enquanto eu estiver aqui, quero ter sempre."

Caminho na Taça Libertadores: "Desde que me deram o papel de líder que eu tenho tentado fazer o meu melhor. Digo sempre que a motivação vem de dentro. Não adianta o Marlon falar, o míster falar. A motivação vem de ter pessoas que dependem de ti, que te esperam em casa com o objetivo alcançado ou mesmo se não vier... Essas mesmas pessoas estarão lá. Àquela altura [com duas derrotas], nem o mais otimista acreditava em chegar à final, mas acreditava no trabalho. Nunca tinha acontecido. Vou citar novamente o míster, que chegou ao Botafogo a acreditar. Era muito difícil. Quase impossível. É um momento histórico, eu estou muito feliz. Disse depois do jogo contra o Peñarol que a ficha ainda não tinha caída. Disse ontem [quinta-feira] ao Danilo que a minha ficha caiu. É desfrutar. Estou muito feliz. O nosso ambiente é muito leve, é o melhor grupo com que eu trabalhei. Acredito que vamos fazer um grande jogo. Vamos dar o melhor, correr até ao último minuto. É um por todos e todos por um."