Marinakis, proprietário da SAD do Rio Ave, acusado em caso de violência e apoio a organização criminosa
Presidente e quatro membros do conselho de administração do Olympiacos acusados de apoio a organização criminosa de adeptos do clube grego
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Evangelos Marinakis, proprietário dos gregos do Olympiacos, dos ingleses do Nottingham Forest e do Rio Ave, vai ser julgado na Grécia num caso de violência no desporto, juntamente com quatro membros do conselho de administração do clube grego que preside.
Os cinco acusados negaram irregularidades e responsabilidade, nomeadamente perante a acusação de apoio a uma organização criminosa ligada a adeptos do Olympiacos.
"A acusação é totalmente infundada", afirmou o advogado de Marinakis, Vassilis Dimakopoulos, à agência Reuters.
As investigações arrancaram quando um polícia morreu em 2023 em confrontos com adeptos do Olympiacos após um jogo de vólei contra o Panathinaikos: 140 desses adeptos, detidos desde abril, também vão ser julgados.
Marinakis reagiu através de um comunicado do Olympiacos em que se fala de "perseguição": "O processo em todas as suas fases é um pesadelo para a democracia de um país 'supostamente' europeu. São duas acusações contra-ordenacionais que não se baseiam num único (!) elemento factual, numa confissão, num diálogo, em nada de real e verdadeiro! Baseiam-se em saltos de 'lógica do absurdo' e em invenções de algumas pessoas que cumpriram a ordem do Primeiro-Ministro Kyriakos Mitsotakis para nos processar, com base em teorias da conspiração e em suposições impensáveis de que alegadamente demos algumas dezenas de convites a adeptos (algo que todas as equipas fazem e em muito maior escala) como fazemos a políticos, juízes, polícias! Sem qualquer prova de que aqueles que receberam os nossos convites tenham feito algo de ilegal."
"Trata-se de um esforço coordenado, mas desesperado, para me silenciar", afirmou Marinakis, que defende que se trata de uma guerra contra a liberdade de Imprensa, a democracia e o seu grupo de media, já que é um magnata da comunicação social, entre outros negócios.
O Olympiacos fala de "jogos políticos" e "manipulação desde o início do caso, sem qualquer prova substancial para chegar a uma acusação à medida". "Após o termo deste procedimento antidemocrático, não haverá grego que não esteja informado sobre todos os aspetos do caso e sobre todos os protagonistas (independentemente do seu estatuto) que participaram nesta nova e impensável conspiração contra o Olympiacos, o nosso Presidente, a administração e os nossos adeptos", prossegue o duro e extenso comunicado do clube grego.
"Tanto o Primeiro-Ministro em pânico e o seu governo, que conceberam e executaram este plano sombrio, como os interesses empresariais e editoriais, que se alinharam com eles e apresentaram voluntariamente como um caso real e como uma acusação real uma acusação fabricada e vulgar, foram agora expostos a todos os adeptos do Olympiacos, a todos os gregos pensantes. A partir de hoje, a família do Olympiacos inicia uma luta para que a verdade venha à luz", conclui o comunicado do Olympiacos.