María Tato e a saída da federação espanhola após o escândalo: "Áudios foram manipulados"
Diretora da RFEF pela candidatura ao Mundial'2030 pediu a demissão e deixou a federação esta quarta-feira
Corpo do artigo
María Tato, advogada que esta quarta-feira se demitiu da federação espanhola (RFEF) na sequência do escândalo da alegada manipulação das pontuações das sedes, defendeu-se esta noite em entrevista ao El Larguero.
"Foram dias difíceis. A impotência de ler frases falsas, áudios manipulados... Disseram-se muitas mentiras. O sentimento é de impotência. É um sentimento que não desejo a ninguém. Sentes-te manipulado. As pontuações são de relatórios de trabalho. Quero explicar, demonstrar e provar. Temos de ter em conta que se trata de um Campeonato do Mundo da FIFA e é a FIFA que decide. Para o Campeonato do Mundo de 2026, foram apresentadas 26 cidades e algumas delas não constavam do livro inicial. Fizemos uma proposta. A FIFA decide como e o quê. Amanhã explicarei os critérios para a formação deste Excel. Anoeta e Valência não precisavam de intervenções, não deviam ser penalizados. Fizemo-lo por um erro de critério", comentou, referindo-se à alteração da nota final de Vigo, que acabou atrás de Anoeta e fora das onze sedes apresentadas à FIFA.
"Considero isto uma vergonha. Já tomei medidas legais. Por muito que não gostem de nós, não devemos ser manipulados para fazer o mal. Decidi afastar-me para não continuar neste circo", concluiu.