Mancini arrasa presidente da Federação italiana: "Precisava de tranquilidade..."
Antigo selecionador italiano explicou que Gabriele Gravina, presidente da respetiva Federação, foi o responsável pela sua demissão, devido a várias decisões que tomou contra a sua vontade.
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Roberto Mancini revelou esta terça-feira a razão que o levou a demitir-se do cargo de selecionador italiano, explicando que essa decisão se deveu a várias discórdias com Gabriele Gravina, presidente da respetiva Federação de Futebol (FIGC).
"Eu disse-lhe que precisava de tranquilidade, ele não me quis dá-la e então demiti-me. Quem é que já viu um presidente de uma Federação a mudar o staff técnico do seu treinador? Ele queria fazer isso há um ano, eu disse-lhe que não podia e ele aproveitou o facto de que alguns iam expirar contrato. Ele andava a pensar em coisas opostas às minhas há muito tempo, por isso teve de me expulsar", afirmou, em declarações a vários jornais italianos.
Negando que a sua saída tenha estado relacionada com a entrada de Gianluigi Buffon na estrutura da FIGC, Mancini contou outro pormenor que levou à sua demissão.
"Não eliminaram a cláusula que rompia o meu contrato caso não nos qualificássemos para o próximo Europeu. No dia 7 de agosto, fiz a minha representante, a minha mulher, enviar uma mensagem a Gravina para que a retirassem, avisando que se não o fizessem, iria demitir-me", detalhou.
Nas últimas horas, a imprensa italiana tem avançado que o selecionador tem em mãos uma proposta para treinar a seleção da Arábia Saudita, com um contrato de três anos que inclui um salário de 40 milhões de euros por época.
Sobre esse assunto, Mancini confirmou o interesse dos sauditas e lamentou que tenha vindo a sofrer "faltas de respeito" por parte de adeptos italianos que pensam que a sua demissão foi motivada apenas por motivos financeiros, o que negou categoricamente.
"Não vou negar que haja interesse, mas são duas situações independentes e agora não quero pensar em nada", finalizou.
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