Maioria dos jogadores das fases finais do Euro'2020 e CAN'2021 foi alvo de insultos

Bukayo Saka foi alvo de insultos racistas nas redes sociais depois da final do Euro'2020
EPA
Dados revelados por um relatório da FIFA no Dia Internacional para a Eliminação do Discurso de Ódio
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Mais de metade dos jogadores que disputaram as meias-finais e final do Euro'2020 e da CAN'2021 foi alvo de insultos "racistas ou homofóbicos" nas redes sociais, grande parte dos próprios adeptos, revelou este sábado a FIFA.
Num relatório tornando público no Dia Internacional para a Eliminação do Discurso de Ódio, a FIFA revelou que, nas fases decisivas do último Europeu e CAN, foram estudadas cerca de 400 mil mensagens divulgadas nas redes sociais e que, nesse período, "mais da metade dos jogadores recebeu insultos vindos, em grande parte, de seus próprios compatriotas".
"Comentários homofóbicos (40%) e racistas (38%) são responsáveis por grande parte dos casos", explicou o organismo que rege o futebol mundial.
Por isso mesmo, a cinco meses do Mundial 2022, que vai decorrer em novembro e dezembro no Catar, a FIFA e o Sindicato Internacional de Futebolistas (Fifpro) lançaram um plano para proteger "equipas, jogadores, árbitros e adeptos" desse tipo de ataques durante as competições internacionais.
"Decidimos lançar um serviço de moderação em que um algoritmo, no futebol masculino e feminino, detetará automaticamente termos odiosos presentes no seu banco de dados e publicados em contas identificadas, a fim de tornar a mensagem invisível a todos", explicou a FIFA.
Em declarações divulgadas no site oficial do organismo, o presidente Gianni Infantino considerou que há uma "tendência preocupante de publicar mensagens inaceitáveis" e que esse tipo de "discriminação, como todas as outras, não tem lugar no futebol".
"O nosso dever é proteger o futebol e, portanto, os jogadores", frisou Infantino.
A FIFA e a Fifpro também vão passar a oferecer "apoio educacional e recomendações de saúde mental a todos os jogadores".
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