Presidente brasileiro citou, como exceções, os craques que apesar de não se terem destacado nos estudos são bem sucedidos graças ao talento futebolístico
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Lula da Silva, presidente do Brasil, está em visita de Estado a França, onde falou da sociedade brasileira e da necessidade de ter boa educação pública, num evento em que foi condecorado com o Honoris Causa da Universidade Paris 8. Para exemplificar a importância dos estudos para se sair da pobreza, Lula mencionou o sucesso de talentos do futebol como Cristiano Ronaldo como exceções que não podem ser considerados exemplos.
"Não é aceitável aceitar que há pessoas que nasceram para ser pobres e não podem estudar. Também não é aceitável acreditar que toda a gente pode ser um futebolista profissional. Nem toda a gente pode ser um Cristiano Rolando, Mbappé, Messi, Ronaldo ou Ronaldinho. É preciso acreditar na educação como uma forma de dar oportunidades a todas as pessoas. O que me deixa muito feliz é o facto de no meu país a filha de uma empregada doméstica poder lutar por um lugar na universidade com a filha de uma família abastada. Não queremos prejudicar ninguém. Queremos apenas ter a oportunidade de lutar por um lugar em igualdade de circunstâncias", afirmou.
Lula instituiu quotas de "discriminação positiva", possibilitando que a Universidade de São Paulo, a mais prestigiosa da América do Sul, a ter mais alunos dos suburbios: "Aos poucos vai assumindo a diversidade que é o Brasil, uma mistura de negros, índios e europeus que deu origem a essa raça linda, alegre e otimista que somos."