Lukaku: "Nunca falarei mal de Mourinho. Na Roma não tinha um plantel de topo..."
Agora no Nápoles, Romelu Lukaku recordou a segunda vez em que coincidiu com o treinador português, na Roma, já depois de se terem conhecido no Manchester United
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Romelu Lukaku, que foi treinado por José Mourinho em dois clubes diferentes, no Manchester United e na Roma, deixou esta sexta-feira grandes elogios ao técnico português, que atualmente comanda o Fenerbahçe, na Turquia.
Em declarações ao jornal italiano “Corriere dello Sport”, o avançado belga, de 31 anos, que joga desde o verão do ano passado no Nápoles, lembrou ainda a forma amarga como o “Special One” foi demitido do comando dos “gialorrossi” em janeiro de 2024.
“José é um vencedor. Eu tive-o duas vezes, primeiro no Manchester United e depois na Roma. Algo aconteceu entre ele e mais alguém e eu não quis meter-me no meio, mas de José nunca falarei mal. Na Roma ele não tinha um plantel de topo, mas chegou até ao final. Desejo-lhe sempre o melhor, inclusive na Turquia está a fazer coisas fantásticas”, apontou.
Na mesma entrevista, Lukaku considerou que, na sua etapa como jogador do Manchester United e na sua segunda passagem pelo Chelsea, ficou com uma imagem “errada” aos olhos do público inglês, algo que já não sucedeu quando se mudou para o futebol italiano, através do Inter.
“[Em Inglaterra] Tinham uma perceção errada. Para eles, eu era vago e preguiçoso e nunca reagi aos ataques nem às críticas. Eu falo muito pouco, deixo que as coisas fluam. Sou alguém que faz o seu trabalho e que depois vai para casa com os seus filhos. Em Itália, a opinião mudou 180 graus. Aqui, sou um trabalhador”, contrastou, falando ainda sobre o seu peso: “Agora estou melhor. No Inter pesava 101 quilos, aqui no Nápoles estou nos 99. Mas o meu peso ideal é 102, não sei por que peso 99”.
De resto, Lukaku, que leva nove golos e oito assistências em 27 jogos na sua época de estreia no Nápoles, que pagou 30 milhões de euros para o contratar ao Chelsea, explicou o aspeto que Antonio Conte mais o “obrigou” a melhorar desde a sua chegada ao atual vice-líder da Serie A, a um ponto do campeão Inter (58).
“Eu odiava jogar de costas para a baliza. Conte foi muito claro: ‘Se não melhorares nisto, não podes jogar comigo’. Não havia alternativa e tenho de agradecer, porque o que antes era o meu ponto fraco converteu-se numa das minhas qualidades”, enalteceu.