Médio croata discursou aos adeptos do Real Madrid após ter feito o seu último jogo no Bernabéu
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Após ter feito este sábado o seu último jogo pelo Real Madrid no Bernabéu, que terminou com uma vitória por 2-0 diante da Real Sociedad, Luka Modric, que vai deixar o vice-campeão espanhol, aos 39 anos e ao fim de 13 épocas seguidas, depois do Mundial de Clubes, dirigiu-se aos adeptos da equipa com um discurso no centro do relvado.
“Chegou o momento que nunca quis que chegasse e foi uma viagem longa, mas maravilhosa. Em primeiro lugar, queria agradecer ao clube e ao presidente Florentino Pérez. Queria agradecer a todos os treinadores e aos companheiros que me acompanharam durante todos estes anos e às pessoas que nos ajudaram. Muito obrigado do coração. À minha família também. Ganhámos muito, tivemos momentos maravilhosos. O amor que me deram em todos estes anos... Não há palavras para vos agradecer. Quero dizer uma frase que vi e gostei: ‘Não chores porque acabou, sorri porque aconteceu’. Hala Madrid e nada mais”, afirmou.
Já ao canal de televisão do Real Madrid, Modric vincou que, apesar de ter vencido um total de 28 títulos pelos “merengues”, o seu maior troféu “é este carinho e amor das pessoas, do madridismo”, deixando também um agradecimento especial à sua família.
“Este é um dia muito emocionante para mim, onde chorei menos foi no campo. O caminho até ao estádio e o balneário foram muito difíceis para mim. Não pensava nisto, não o tinha sonhado. Estou muito agradecido por isto ter acontecido, pela homenagem e por tudo o que se passou nestes 13 quase 13 anos. No Bernabéu houve muitos jogos incríveis, ‘remontadas’ na Champions contra o PSG, Chelsea, City... se tiver de escolher uma, é a do PSG [em 2021/22]. Eu disse que se ganhássemos esse jogo ganhávamos a Champions e assim foi. Ainda falta um desafio muito importante, o Mundial de Clibes, e vamos com a ambição de tentar ganhá-lo. Seria incrível terminar a minha carreira no Madrid com mais um título. Para mim, a família é o mais importante, dá-te estabilidade e a minha mulher e os meus filhos têm estado comigo e apoiaram-me em todos os momentos, sobretudo em momentos complicados, isso significa muito. Têm sido os meus pilares durante toda a minha carreira”, enalteceu.
Por sua vez, Ancelotti, que será o próximo selecionador do Brasil e também se despediu este sábado dos adeptos do Real Madrid, mostrou-se orgulhoso pelo sucesso que conseguiu desfrutar em ambas as passagens pelos "blancos".
“Muito contente, orgulhoso, tem sido uma etapa extraordinária. Não podemos esquecer nada do que já aconteceu e saiu com isto, com o carinho de toda a gente e o orgulho por ter treinado muito tempo um grande clube. O Real Madrid é uma casa, uma família. Tem sido assim nestes seis anos e passámo-los muito bem pelos títulos e pelo ambiente. O Real Madrid é diferente de outros clubes, é uma família. Tive jogadores extraordinários e o Madrid vai continuar a tê-los. Este é o dia com a emoção mais alta, quando ganhas a Champions não entendes este tipo de emoção. Chorar não é problema, é normal e saio muito satisfeito. Foi uma honra e um prazer fazer parte desta família e escrever na história deste clube. Era esse o objetivo desde o primeiro dia e consegui-o", apontou.
Ancelotti deixa o Real Madrid após quatro temporadas, naquela que foi a sua segunda passagem pelo clube, depois de 2013/14 e 2014/15, conquistando, nestes dois períodos, 15 títulos, entre os quais três Ligas dos Campeões e dois títulos de campeão espanhol.
O italiano, que vai render Dorival Júnior no comando do Brasil, será o primeiro selecionador estrangeiro do "escrete" em quase um século, estreando-se numa visita ao Equador, em 5 de junho, antes de fazer o primeiro jogo em casa, em São Paulo, frente ao Paraguai, em partidas de qualificação para o Mundial'2026.