Lateral-esquerdo português fechou a vitória do PSG frente ao Aston Villa com um golo já no período de compensação dos 90', garantindo uma vantagem de dois golos na eliminatória
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O PSG, com Nuno Mendes, Vitinha e João Neves a titulares e Gonçalo Ramos a suplente utilizado, venceu o Aston Villa por 3-1 em Paris na quarta-feira, ganhando uma vantagem de dois golos para o jogo da segunda mão dos quartos de final da Liga dos Campeões, em Birmingham, na próxima semana.
Após a partida, que foi fechada com um golo do lateral-esquerdo português (90+1’), já depois de ter assistido para o 1-1, Nuno Mendes aproveitou para descrever esse lance tardio, mas recusou falar numa eliminatória resolvida.
“A vantagem de dois golos dá-nos confiança, mas ainda há outro jogo. Precisamos de descansar um pouco, continuar no próximo jogo e fazer o mesmo que fizemos hoje. O meu golo? Vi que o guarda-redes estava um pouco próximo, então tentei algo diferente e resultou, estou feliz com isso. Sabemos que os adeptos estão sempre lá, estiveram connosco desde o início e sabemos que podemos contar com eles a cada minuto, então, é isso que vamos fazer”, declarou.
Já o treinador Luis Enrique também elogiou os outros dois marcadores do PSG, Desiré Doué (39’) e Kvicha Kvaratskhelia (49’), que aplicaram uma reviravolta após o golo inaugural de Morgan Rogers (35’) para os ingleses, mas não deixou de salientar a importância do lance de Mendes.
“Vimos o jogo que esperávamos contra um adversário com um bloco baixo. Eles queriam prejudicar-nos com transições rápidas e nós controlámos o jogo, mas é difícil contra uma equipa que está agrupada. Fomos consistentes e havia algumas dúvidas, mas a equipa mostrou que estava pronta para competir contra qualquer rival. O terceiro golo foi a cereja no topo do bolo. Temos de jogar o segundo jogo, mas as coisas estão bem encaminhadas. Estávamos a perder, mas, infelizmente e felizmente, isso já nos aconteceu antes. Quando isso acontece, continuamos a jogar da mesma forma. Encontrámos os meios para recuperar e o resultado final reflete o nosso espírito de luta e os nossos esforços”, analisou o técnico espanhol, mostrando-se também satisfeito pela qualidade que tem no banco do já tetracampeão francês.
“Doué? Não fico zangado quando um jogador dribla. Ele é um especialista no um contra um. Tem essa qualidade, tem remate... Tem tudo o que um jogador precisa para jogar no PSG. Tenho a sorte de ter no banco o Kang-In Lee, o Bradley Barcola, o Gonçalo Ramos, o Lucas Hernández e o Warren Zaire-Emery. É essa a grandeza do PSG”, rematou.
Por outro lado, Unai Emery, treinador do Aston Villa, lamentou o facto de a sua equipa não ter saído do Parque dos Príncipes com um resultado positivo, mas garantiu que continua a acreditar na passagem dos “villans” às meias-finais da Champions.
“Precisamos de ganhar este tipo de jogo, não só para agora, mas também para a segunda mão. Estou orgulhoso dos meus jogadores, estamos a evoluir como equipa. Estamos a progredir com as nossas exigências, demos-lhes muito trabalho e estivemos perto de conseguir um resultado. Penso que o último golo não muda grande coisa. Em Villa Park, vamos certamente sentir-nos mais fortes e vamos poder melhorar. Eles são os favoritos, mostraram a sua qualidade de jogo, tivemos de ser disciplinados, apostar numa defesa compacta e correr pelos flancos. Mas estou confiante no nosso desempenho, somos capazes de fazer alguma coisa no jogo de volta. Hoje, passámos um mau bocado. Obviamente, não é fácil estar confiante, mas, de qualquer forma, precisamos vencer na partida de volta. Podemos de melhorar nas situações que enfrentámos hoje”, apontou.