Após ser eliminado nas meias-finais da Taça de França, o treinador português do Dunkerque contestou o golo do empate do PSG, dizendo que esse lance devia ter sido um pontapé de baliza para a sua equipa
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Após ter sido eliminado pelo PSG (2-4) nas meias-finais da Taça de França, Luís Castro, treinador do Dunkerque, da segunda divisão, deixou críticas à arbitragem, contestando o golo marcado por Marquinhos, aos 48 minutos, que empatou o jogo (2-2) para os parisienses.
Em conferência de imprensa, o técnico português apontou que, no lance anterior a esse golo do central brasileiro, que surgiu num canto, nenhum jogador da sua equipa tocou na bola antes de sair pela linha final, defendendo assim que devia ter sido assinalado um pontapé de baliza.
“Não gosto muito de falar de arbitragem, mas merecemos mais respeito, não só na Taça de França. Hoje, não houve nenhum canto. Não sei porque é que não o vão ver. Depois do canto, porque é que não recorrem ao VAR? Deixam o Paris jogar, mas, por outro lado, deviam deixar-nos jogar também. Não gosto de falar muito sobre isto. Estou sempre a trabalhar, todo o dia e toda a noite. Não estou a dizer que foi de propósito ou que há um roubo, mas não é possível haver um desequilíbrio. Disse-lhes que não era canto, que era pontapé de baliza. Os jogadores ficaram frustrados, quero respeito”, reclamou.
Um discurso que se alinha ao de vários jogadores do Dunkerque, incluindo o central francês Vincent Sasso, ex-Boavista, B-SAD, Braga e Beira-Mar, que marcou o primeiro golo da partida, logo aos sete minutos.
Recorde-se que o Dunkerque chegou a estar a vencer por 2-0, após outro golo de Muhannad Al Saad (27’), mas permitiu uma reviravolta do PSG, através de Ousmane Dembélé (45’ e 90’+3’), Marquinhos (48’) e Desiré Doué (62’).
“É verdade que respeitámos o plano de jogo e estar a ganhar por 2-0 era perfeito em termos de cenário. Penso que o golo antes do intervalo nos prejudicou psicologicamente e depois disso ficou 2-2. Nem sequer vou falar disso, porque me vai chatear, mas não era canto. Obviamente, contra uma equipa desta qualidade e deste nível, é muito difícil”, lamentou Sasso.
Opa Sanganté foi outro jogador do Dunkerque que não escondeu a sua insatisfação com este lance, aproveitando para revelar a conversa que teve com o árbitro sobre o tema.
“Como é que, em 2025, com o VAR, podem apitar um canto que não existe? Foi nesse canto que eles conseguiram o golo do empate. Têm de me explicar, com o VAR, numa meia-final da Taça de França, como é que pode haver este tipo de erro. Vai passar, mas deixa-nos com um sabor um pouco amargo, porque foi o que deu a volta ao jogo esta noite. O PSG continua a merecer a vitória, porque acho que é uma grande equipa. Mas naquela famosa jogada, ele [árbitro] diz-me que é canto. Eu disse-lhe que não, que não tinha tocado na bola e ele disse: “Está bem, talvez tenha cometido um erro”, mas pensou que era canto. No final, foi um canto que nos custou muito caro, porque estava 2-2 e, nessa altura do jogo, o Paris recuperou a confiança”, comentou.