Luís Campos: "Não é por ires muitas vezes ao supermercado que te tornas num bom cozinheiro"

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Vencedor da Champions em 2024/25 e tetracampeão francês, o PSG pretende investir cada vez menos em contratações e apostar mais na formação. Essa foi a garantia deixada esta segunda-feira por Luís Campos, conselheiro desportivo da QSI (Qatar Sports Investments), detentora do clube parisiense, a propósito da celebração dos 50 anos da sua academia. Apontando a longo prazo, Luís Campos sublinhou que o PSG "não tem necessidade de ir ao mercado gastar grandes quantias", afirmando quanto a janeiro que "não é por ires muitas vezes ao supermercado que te tornas num bom cozinheiro". Declarando que "o PSG está atento a todas as grandes oportunidades", realçou: "Não vamos empilhar jogadores nem colocar em risco as finanças do clube."

Orientado por Luis Enrique, e com quatro lusos no plantel (Nuno Mendes, Vitinha, João Neves e Gonçalo Ramos), o conjunto francês pretende lançar cada vez mais jovens. "Não se trata de ter dois jogadores por posição, mas 14/15 capazes de jogar pelo PSG. Isso dá-nos a oportunidade de ter sempre seis/sete jovens da formação a treinar com a equipa. Temos sempre esse espaço guardado para eles", frisou Luís Campos.

Além da "escadaria" que permite aos talentos "subirem" à principal equipa, o conselheiro desportivo do clube explica mais planos do PSG, nomeadamente a criação de um campeonato sub-23, como existe em Portugal. "É invisível para muita gente, mas muito importante para nós. Dar tempo de jogo aos jovens será benéfico para o futebol francês", assegurou, admitindo que também a aposta num clube satélite é também hipótese: "Estamos a estudar a situação, que nos poderia trazer coisas positivas, soluções para crescer e ajudar os nossos jovens a serem mais competitivos. Não queremos cometer erros." Além do PSG, a QSI tem também 21,67 por cento do capital da SAD do Braga. Em julho de 2022, e a propósito da possibilidade dessa entrada para a sociedade arsenalista, António Salvador, presidente do Braga, garantiu que o clube "nunca não será satélite de ninguém".