Técnico germânico orientou, em Wembley, a equipa da 'Mannschaft' pela última vez na carreira. Segue-se uma espécie de período sabático antes de continuar a treinar
Corpo do artigo
Ao cabo de quinze anos como selecionador da Alemanha, Joachim Low disse adeus, esta terça-feira, aos jogadores e aos adeptos da 'Mannschaft', com uma derrota (2-0) ante a Inglaterra, nos 'oitavos' do Euro'2020. Antes de assumir a desilusão pela eliminação, abriu o coração para destacar o melhor da experiência vivida.
"Ao longo destes 15 anos muitas coisas boas aconteceram. Crescemos como equipa e pudemos formar uma seleção jovem que venceu o Mundial. Existiram laços muito fortes, mas também houve problemas. O que vai ficar são todos os momentos, todas as vitórias, todas as derrotas e todas as lições que aprendi com aqueles que me rodearam", introduziu o experiente técnico germânico de 61 anos.
Face ao fracasso no Europeu, no qual a Alemanha era apontada como um potencial candidato a destronar o campeão em título (Portugal), Joachim Low reconheceu que, por agora, "resta a deceção" pelo desaire no relvado de Wembley, "algo que não será esquecido rapidamente".
O treinador alemão, sagrado campeão mundial em 2014, no Brasil, e semifinalista do Euro'2016, em França - sendo esses os pontos mais altos da passagem pela Alemanha -, vai agora fazer uma pausa na longa carreira, mas estará disponível para outro desafio.
"Não creio que me vá tornar um pensionista. Preciso de respirar, de um pouco de distância [do futebol]. É normal que eu não queira já um projeto novo, vou aproveitar o tempo. Vai haver novas oportunidades [para treinar] e isso vai ser bom para mim", declarou Low.
De resto, a seleção da Alemanha será, no futuro, orientada por Hans-Dieter Flick, ex-treinador do Bayern Munique, que foi anunciado como sucessor de Joachim Low (até 2024) ainda antes do início do Campeonato da Europa.