Lille, dos lusos Djaló, Fonte, Xeka e Renato Sanches, tenta vencer a primeira Supertaça ante o dominador PSG.
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Arranca hoje oficialmente a época em França com a realização, em Telavive (Israel), do jogo da Supertaça entre o campeão Lille e o vencedor da Taça Paris Saint-Germain. Uma final que os franceses denominam de Troféu dos Campeões e que tem sido amplamente dominada pelos parisienses.
A equipa onde alinha Danilo, médio que foi convocado por Pochettino, parte em busca do nono (!) triunfo consecutivo e o 11.º troféu. Os dogues, depois de terem surpreendido o PSG no campeonato passado, esperam agora arrecadar um troféu que nunca venceram, tendo perdido as finais de 1955, a primeira edição oficial que disputaram como vencedores da Taça, e a de 2011, após ganharem a Ligue 1, numa emocionante final com o Marselha que terminou com um 5-4.
Este temporada sob o comando de Jocelyn Gourvennec, o Lille continua a contar com Tiago Djaló, José Fonte, Xeka e Renato Sanches no plantel. Os três primeiros jogadores portugueses apontam ao onze inicial. Já o último, depois de ter feito um grande Europeu, não tem treinado a cem por cento e há dúvidas até que possa estar no banco por questões físicas.
Do lado do PSG, Mauricio Pochettino ainda não pode contar com inúmeras das suas principais figuras e também alguns dos grandes reforços para esta época. Começando por estes últimos, o lateral Hakimi (ex-Inter) deverá ser mesmo o único a alinhar de início, enquanto médio Wijnaldum (ex-Liverpool) poderá sentar-se no banco. Campeão Europeu com a Itália, o guarda-redes Donnarumma beneficiou de um período de férias maior, enquanto Sergio Ramos, ex-Real Madrid, encontra-se a recuperar de uma lesão. Já a trabalhar com o grupo, mas com um programa específico de recuperação está Mbappé que não será opção, assim como os brasileiros Marquinhos e Neymar e o argentino Di María, autor do golo que deu a Copa América à sua seleção diante do... Brasil.
Face a tantas ausências de peso no conjunto parisiense, o peso do favoritismo da equipa fica claramente diminuído, apesar do Lille também não poder contar com um jogador importante por se encontrar castigado: o lateral turco Celik, jogador que se envolve bastante na manobra ofensiva da equipa.
Na época passada, os dogues empataram no balanço dos duelos com o rival PSG. No campeonato ganharam 1-0 em Paris na 31.ª jornada e empataram sem golos em casa na primeira volta. Na Taça de França a equipa de Pochettino superiorizou-se por 3-0 em casa na partida dos oitavos de final.
Israel é o novo destino da final
Em 2009, a LFP anuncia que o Troféu dos Campeões seria jogado fora de França para conquistar novos mercados. Montreal foi a primeira escolha e Telavive é a mais recente. A pandemia fez a prova regressar à Gália no ano passado
Telavive, a capital de Israel, recebe este ano a final do Troféu dos Campeões, aumentando para oito e nove, respetivamente, o número de cidades e países estrangeiros que já acolheram a decisão da Supertaça francesa.
Em maio de 2009, a Liga de Futebol Profissional (LFP) decidiu que, para conquistar novos mercados, a competição passaria a ser jogada fora de França, elegendo Montreal - a capital do Quebec, região do Canadá onde se fala predominantemente francês - para a edição da época 2009/10, ganha pelo Bordéus frente ao Guingamp perante mais de 34 mil espectadores.
Em 2010, na Tunísia, mais concretamente no Olímpico de Tunis, um recorde (na prova) de 57 mil espectadores viram o Marselha derrotar o PSG nas grandes penalidades. Marselheses que voltaram a erguer o troféu no ano seguinte, desta feita em Tânger, cidade marroquina que também acolheu a final de 2017, esta com mais de 43 mil adeptos nas bancadas.
A prova voltou depois à América, mais concretamente a Harrison (arredores de Nova Iorque), onde se localiza a Red Bull Arena, passando depois pelo Gabão e tendo em 2014 a primeira incursão na China, na capital Beijing, antes de uma segunda passagem por Montreal.
Na Áustria jogou-se, em 2016, uma final que atraiu pouco mais de dez mil espectadores, enquanto Shenzen acolheu as edições de 2018 e 2019, antes do regresso forçado a França (Lens) no ano passado, devido à pandemia.