Surpreendido pelo Lille em 2021, o clube de Paris recheou ainda mais o plantel com grandes nomes.
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A Ligue 1 não tem a fama nem as atenções de outras grandes ligas, nomeadamente a inglesa, espanhola e italiana, mas o principal campeonato francês é um dos mais abertos e interessantes quanto à disputa dos lugares europeus.
Não obstante a existência de um autêntico extraterrestre no panorama futebolístico francês, que dá pelo nome de Paris Saint-Germain e é alimentado com petrodólares do Catar, nas últimas cinco épocas duas equipas conseguiram trocar as voltas ao PSG e sagrar-se campeãs. O Mónaco de Leonardo Jardim - com João Moutinho e Bernardo Silva no plantel - em 2017 e na época passada o Lille, onde pontificavam José Fonte, Tiago Djaló, Xeka e Renato Sanches, todos eles ainda ao serviço dos dogues, apesar das muitas dúvidas quanto à continuidade do último, face às necessidades de tesouraria do clube.
O que as duas equipas atrás referidas provaram foi que, realizando épocas excecionais, o PSG não pode distrair-se e dar o título por ganho com uma época "medíocre", para aquilo que se exige de um clube com um plantel tão manifestamente superior, em termos de qualidade individual, a toda a concorrência.
Donnarumma, Hakimi, Sergio Ramos e Wijnaldum juntaram-se à equipa de Danilo, Neymar e Mbappé, construída para vencer tudo. Passado recente prova que parisienses não se podem distrair na liga
Tendo iniciado a época com uma derrota no Troféu dos Campeões, golaço de Xeka a dar o troféu ao Lille, o PSG de Pochettino estará bem alertado para isso e o técnico argentino sabe que não terá nova oportunidade num clube onde lhe pedem não só a Ligue 1, mas também a Champions. Para o conseguir, os donos dos clubes reforçaram ainda mais um plantel excecional e que mantém Neymar, Mbappé, mas também Di María, como principais referências no ataque. Por 60 M€ foram buscar ao Inter o lateral direito Hakimi e depois atacaram três alvos em final de contrato: Donnarumma, eleito melhor guarda-redes e jogador do Euro"2020 que venceu com a Itália, chegou do Milan, Sergio Ramos, histórico central do Real Madrid e da Espanha, e Wijnaldum, médio neerlandês que fora um dos heróis do Liverpool na caminhada rumo à conquista da Champions em 2019.
Sem grandes movimentações, o Lille mantém praticamente a mesma equipa, sabendo-se que o Mónaco de Gelson Martins e o Lyon de Anthony Lopes querem voltar a competir por um lugar na Champions. Uma luta à qual se candidatam também o Marselha, cujo treinador Jorge Sampaoli garantiu reforços importantes como os médios Guendouzi (ex-Arsenal) e Gerson (ex-Flamengo), e o Nice que foi buscar o treinador campeão, Christophe Galtier.