Ligas e adeptos definem princípios de proteção e evolução das competições nacionais
Membros do recente acordo "estão abertos a inovações" que "não comprometem" as ligas domésticas, nomeadamente formato, calendário, acesso e distribuição de receitas.
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As Ligas Europeias (EL, sigla em inglês) e duas organizações de adeptos do Velho Continente estabeleceram um conjunto de princípios para a "proteção e desenvolvimento sustentável" de clubes, relativos a mérito desportivo e a rendimentos financeiros.
"Os apoiantes do Football Supporters Europe (FSE), Supporter Direct Europe e European Leagues atingiram um acordo para formalizar a relação de trabalho e a cooperação futura entre as três organizações (...) para proteção e desenvolvimento do futebol", pode ler-se num comunicado divulgado, esta quinta-feira, pela EL.
Crentes de que o futebol "necessita de reforma", o que exige "cooperação genuína", os princípios acordados promovem a "proteção do ambiente do futebol nacional com base no diálogo estrutural entre ligas e adeptos, inclusão e diversidade, governação do futebol internacional e proteção".
A EL e as duas organizações afetas a adeptos de futebol entendem que é precisa uma "proteção do ambiente do futebol nacional no desenvolvimento de competições internacionais", em que se envolvam a UEFA e a FIFA, e dos "principais pilares", tais como "formato, calendário, acesso e distribuição de receitas".
Os órgãos "estão abertos a inovações" que "não comprometem" o formato das ligas nacionais, nem "o princípio geral de acesso baseado no mérito desportivo", pelo que a qualificação para competições internacionais "deve ser obtida em campo", com base no "último desempenho dos clubes no respetivo campeonato".
Todavia, A EL, a Football Supporters Europe e a Supporter Direct Europe alertam que "se os reguladores permitirem grande crescimento das competições internacionais de clubes e seleções, o equilíbrio competitivo das ligas será distorcido".
Financeiramente, a EL e as organizações de adeptos defendem modelos de distribuição de receitas que compensem as competições nacionais por "lhe proporcionar [às competições internacionais] períodos exclusivos ao abster-se de jogar em datas FIFA".
Ademais, pretendem que seja assegurada uma "parte justa de todas as receitas atribuídas aos clubes não participantes", sendo para isso aconselhada a não consideração de resultados históricos como "critério de distribuição" de receitas.