Liga saudita, o favorito e o impacto de jogar contra CR7: "No primeiro jogo é enorme"

Mais uma época a arrancar no futebol saudita, com Jorge Jesus como campeão e novamente com CR7 no centro do mundo. Fábio Martins antecipa quem lutará pelo título. Cinco portugueses estão ao comando... Jesus, Luís Castro, Álvaro Pacheco, Vítor Pereira e Paulo Duarte, enquanto outros nove pretendem brilhar nas quatro linhas, casos de Rúben Neves (Al Hilal), CR7 e Otávio (Al Nassr), Jota (Al Ittihad), André Moreira (Al Raed), Taira (Al Kholood), Tozé (Al Ryhadh), Rebocho e Fábio Martins (Al Khaleej). Não esquecendo outras estrelas que se juntaram, como Diaby, Aubameyang ou Nacho. 

Da experiência mais antiga no Al Shabab à terceira época no Al Khaleej, o extremo acompanhou em profundidade o crescimento do futebol no país, testemunhando toda a era das estrelas.

“Este terceiro ano de ‘boom’ da Liga vai ser idêntico ao ano passado, com alguma surpresa, como foi o Al Taawoun. Pode haver um investimento alargado a sete equipas, as do Governo, as privatizadas. Destacam-se as big four: Al Hilal, Al Nassr, Al Ittihad e Al Ahli. Mas é preciso juntar o Al Ettifaq, onde está o Gerrard, o Al Shabab e o Al Qadisiah, que trouxe Aubameyang, Nacho Fernández e Casteels. Estas sete vão andar na frente, vão lutar por títulos. O Al Hilal continuará a ser o grande favorito”, sublinha, esmiuçando depois certas particularidades.

“É mais homogéneo do que o Al Nassr. A qualidade dos jogadores locais deles é muito superior à dos que estão nas outras equipas. No Al Hilal estão ao mesmo nível dos estrangeiros e conseguem ajudar a equipa quando as estrelas falham. Não te podes queixar dos estrangeiros do Al Nassr, chega e sobra, mas já os árabes não conseguem ser tão regulares como no Al Hilal. A equipa tem momentos bons, mas quebra de repente e, lutando contra o Al Hilal, que não perde pontos, sabes que, se entregas pontos onde não deves, não vais ganhar títulos. Por outro lado, em jogos de mata-mata, o Al Hilal é muito forte e supera os adversários com uma crença enorme. Tem jogadores que nunca desistem”, evidencia.

Al Hilal, de Jorge Jesus e Rúben Neves, campeão em título, já vencedor da Supertaça esta época, é recordista de campeonatos na Arábia Saudita, possuindo 19 na galeria

“Vamos tentar garantir depressa a permanência. Ficámos em 11.º lugar na época passada e deu para uma meia-final da Taça. A ideia é essa, tentar chegar o mais longe na Taça e superar o que fizemos, tentando o nono ou 10.º lugar. Seria muito bom para um clube que fará algo de inédito, ao estar pela terceira época consecutiva na elite”, declara, vincando os progressos esperados na Liga: “É um campeonato de imensa visibilidade, cheio de estrelas, nas bocas do mundo, jogos televisionados em mais de cem países. Há quem ache ser um campeonato para atletas mais velhos, que os mais novos preferem outras ligas, mas vejo gente mais nova a chegar. O negócio é esse, fazer a liga crescer com jogadores que tenham margem de progressão. É interessante para quem joga em Portugal, porque é impossível rivalizar salários com os que temos aqui. Não há impostos, há boa qualidade de vida”, afirma o extremo de 31 anos.

O impacto de jogar contra CR7

Fábio Martins defrontou o CR7 quatro vezes e curva-se ao sentimento que ficou. “No primeiro jogo que fazes contra ele o impacto é enorme. Ele é o ídolo dos portugueses, um símbolo do nosso futebol, o maior! É um ícone como jogador e pessoa. Foi cinco estrelas comigo, ficou boa relação e falamos ocasionalmente. Fico feliz pelo futebol me ter proporcionado isto, algo que eu não imaginava. Temos de agradecer ao Cristiano, pelo que fez pelo futebol e pela pessoa tremenda que é, embora o achem arrogante pela forma como acredita em si.”

SAUDI PRO LEAGUE

1.ª JORNADA

QUINTA-FEIRA
Al Taawon-Al Feiha    17h10
Al Nassr-Al Raed    19h00
Al Wehda-Al Riyadh    19h00

SEXTA-FEIRA     
Damac-Al Khaleej    17h10
Al Ahli-Al Orobah    19h00
Al Qadisiah-Al Fateh    19h00

SÁBADO
Al Kholood-Al Ittihad    17h10
Al Akhdood-Al Hilal    19h00
Al Shabab-Al Ettifaq    19h00