Declarações de Robert Lewandowski, estrela da seleção polaca, em entrevista à BBC Radio 5 Live.
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Mundial de 2022: "Claro que penso sobre se este será o meu último Mundial. Marcar num Mundial é um grande sonho e eu vou fazer tudo para realizar este sonho. Espero que aconteça neste Mundial. Fico contente por ter a oportunidade de jogar contra a Argentina e Messi, ele mudou o futebol para sempre. Fico feliz por tudo o que atingi e por todas as memórias deste Mundial, agora é o momento de desfrutar. Mas não acho que será o meu último Mundial, quero jogar o próximo [2026]".
Início no futebol marcado pela morte do pai: "Perdi o meu pai aos 16 anos. Lembro-me disso porque foi o primeiro passo da academia para a equipa profissional, ele apoiava-me e levava-me de carro para todos os treinos e jogos particulares. Ele morreu e foi um momento muito difícil, ele não conseguiu ver o meu primeiro jogo profissional. Quando isso aconteceu, eu sabia que teria de escolher um caminho [certo ou errado]. Quando tens 16 anos, nunca sabes o que é melhor para ti. Eu decidi ir pelo caminho errado, não tinha um pai a a dizer-me o que era melhor para mim, só tinha a minha mãe. Essa situação mudou-me para sempre. Eu sei que o meu pai está algures por aí quando estou em campo. Eu sei que ele está lá e que me está a apoiar bastante. [Quando foi dispensado pelo Légia Varsóvia] Não estava pronto, ainda tinha de trabalhar muito. A minha irmã disse-me que eles não queriam assinar um contrato comigo e a minha mãe ajudou-me imenso. Fiquei muito triste, o meu sonho estava arrasado... Estava cabisbaixo e depois de uns minutos a minha mãe disse: 'Isto aqui está feito, o que podemos fazer agora?'".
Passagem pela Bundesliga (Dortmund e Bayern): "Jurgen Klopp dizia-nos que ficava contente se mostrássemos 70% do que fazíamos no treino num jogo, que seria suficiente. Eu comecei a acreditar que o que estava a fazer era bom. Depois de um jogo, costumava falar durante duas horas com Klopp e, pela primeira vez desde que o meu pai morreu, estava a falar com uma pessoa que podia muito bem ser ele. Conhecei Pep [Guardiola] quando tinha 25 anos e, nos dois anos em que trabalhei com ele, aprendi mais do que no resto da minha vida. Falava muito com ele, ele dizia que eu era o melhor avançado do mundo e que me podia ajudar. Ele mudou a minha forma de pensar, não só em termos de posição, mas também em termos de futebol e em como defender".
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